Veneran el nuevo líder. Yo! - Aventura, Comédia, Pitadas de romance xD
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Veneran el nuevo líder. Yo! - Aventura, Comédia, Pitadas de romance xD
Veneran el nuevo líder. Yo!
Sinopse:
Jacob é um garoto como qualquer outro: tem um grupo de amigos, tem seu próprio estilo e jeito de ser, pais que o amam muito e armas. Armas? Jacob é um vampiro nobre, e ainda teve sorte, pois seu pai era um humano e foi transformado. O problema é que esse pai era apenas o último líder do lendário clã de caçadores Pierdut Lumina, José Lugano e o dia de assumir o trono está bem próximo... muito próximo...
- PERSONAGENS:
Jacob
Idade: 16 anos
Raça: vampiro nobre e caçador
Jacob é um otaku, que gasta metade da mesada com isso e materias de desenho e outra metade com pirulitos. Herdou idiotice do pai e arrogância da mãe. Tem que mostrar seu valor para suceder seu pai no trono do clã Pierdut Lumina. Há quem diga que o moleque é gamadão na amiga Ginko.
Ginko
Idade: 16 anos
Raça: Vampira nobre
Ginko vem de uma familia de vampiros que controla o metal, consagrados como grandes mestres ferreiros e pertence ao grupo de Jacob na escola e nas caçadas noturnas. Costuma beber o sangue de Jay, mas isso costuma render minutos.... divertidos. Nãoa dmite que gosta do amigo sabe lá por que.
François
Idade: 15 anos
Raça: vampiro nobre
Melhor amigo de Jacob, possui um dom novo e raro entre os vampiros, a tecnopatia. Costuma as vezes ser grosseiro e não parece se dar bem com Frederick. É do tipo capaz de morrer pelos amigos.
Act 1 - Meu mundo desabou!
As noites em Toulousse nunca era paradas e vazias. O asfalto sentia as rodas dos patins e skates roçarem ferozes nele.
-Qualé cara! Vai lerdiar aí, é? - berrou um jovem de cabelos castanhos, um moletom curioso, com um Ichigo impresso ali.
-É incrível, cara, como você tem sede de caçar! - resmungou um loiro, com roupas escuras. - Não é pra menos, o Conselho pede pra caçar aqueles level E, e pede para você vir junto. Assim não sobre para mim, pô.
O garoto sorriu, deixando as presas a mostra, num ar arrogante e displicente.
-Quem manda ser lerdo? De que adiante cês serem um bando de nobrezinhos se não conseguem vencer um quase level C?
-A sua sorte é que tua mãe transformou teu pai antes. - riu uma moça de cabelo negros e traços orientais. Ela pareceu do nada, num patins.
-Lindo sushi você, hein, Ginko...
-Cala a tua boca e se concentra!.
O garoto com o moletom de anime passou as mãos de leve no bolso da calça que vestia, logo avistando um dos vampiros level E. O garoto usando roupas pretas sabia o que viria e resmungou:
-Ah, nem pense... - o de moletom sacou uma arma negra e mirou. - em tirar a nossa... - atirou, fazendo o vampiro se esfarelar todinho. - diversão... VÉI! Qualé?
-Eu disse para não lerdiar, François.
-Que tipo de vampiro é você, Jacob? Que nem usa seu elemento? - resmungou um moreno de olhos verdes, parecendo um pouco mais velho, que acompanhava só para observar mesmo. Sabia que a mistura do gênio de sua irmã e seu cunhado faziam de Jacob, seu sobrinho, um kamikaze.
-E você que só fica de olho em mim, mas também fica quietinho e não me deda pra mamãe, Friederik!
Jacob se distraiu tanto que quando viu, François e Ginko já tinha destruido mais 5 level’s E. O garoto resmungou, fazendo uma careta de bravo.
-Não tirem minha presa! - bradou o garoto. Não sabiam seus amigos o por que dele adorar aquilo, ou melhor, do instinto em caçar a seus iguais. Não sabiam a verdade sobre o pai do garoto além do “ele ser um humano transformado”.
Mas seu tio sabia bem a verdade. O humano que aprendeu a domar uma sangue-puro, amando loucamente, tinha um nome: José Lugano. E tinha uma posição social: caçador de vampiros, líder do lendário clã Pierdut Lumina. Ao menos era, já que o contato com o clã era minimo.
Como sangue-puro, era fácil saber das coisas, mas ao pobre do sobrinho nobre, nunca foi dito o que estava reservado para ele. Um dia, teria de se apresentar aos Pierdut Lumina como seu novo líder.
Então apenas assistia ao sobrinho, observando ele se divertir as noites como um nobre cumprindo com seu dever e de dia como um estudante comum numa chique escola francesa.
-José, fale alguma coisa!
-Falar o que?
-Ora, já sabe. Não é pra ele sair por aí esbanjando a Moonlight que você deu! Querem que o repudiem mais ainda?
-Se ele quer usar nas caçadas e economizar o poder dele, ué? Deixa o menino.
Jacob estava todo afundado no sofá, vendo de novo a discussão de seus pais, com uma cara de tédio, a sobrancelha se levantando daquela maneira que denunciava a genética herdada de Helena.
-Tá bom, mamãe... Se quer que o papai concordar, tem que botar toda a banca de sangue-puro. - ele suspirou, pegando um pirulito do bolso.
Helena praticamente fuzilou o filho, fazendo-o morder o doce e fincando sua presa no mesmo. O pobre garoto nem conseguia falar com o pirulito grudado nas presas.
-Helena, é até bom que ele use a arma. Você sabe que logo terei de...
Helena apenas encarou José, mas sabia que cedo ou tarde, chegaria o dia que Jacob teria de assumir seu lugar, sucedendo o pai.
-Ahem ba huda? - tentava Jacob pronunciar um pedido de ajuda. Helena se aproximou do filho, e puxou com tanta força o doce que Jacob tinha a certeza que mais um pouco e perdia uma das presas. Quando viu, seu precioso docinho estava no chão, recoberto de poeira que cai ao longo do dia.
Estavam ali pai e filho, José e Jacob. Poderiam facilmente dizer que o jovem vampiro era a cópia de seu pai, ambos com os cabelos castanhos e um porte físico semelhante, a exceção que Jacob ainda tinha um corpo em desenvolvimento. E os olhos. Jacob não herdara o tom adocicado do chocolate de José e sim, as belas safiras de Helena. Jacob também não tinha as marcas de luta do corpo de José, parecendo um corpo imaculado, uma cópia fiel, mas melhorada.
-Helena tem medo de te perder.
-Não sei por que, papai. Eu não vou deixar de gostar de todos vocês. Nem abandonar.
José sorriu, se aproximando do rebento e bagunçando o cabelo dele:
-É por que ainda é cedo, mas você vai entender.
-Mas o que tem de errado eu não usar meus poderes e preferir usar a arma que o senhor deu?
-Nada de errado. - ele parou de bagunçar o cabelo do garoto. - Mas sabe que na sociedade da noite eu não sou bem-vindo e...
-Eu sei. Por que você era um humano.
José se afastou, subindo para o quarto do casal. Os barulhos que Jacob ouvia denunciava que o chileno buscava algo há muito guardado. Talvez fosse melhor que contasse de uma vez a verdade. E Helena bem que rastreou o que o ex-caçador faria.
Certamente, era o melhor a se fazer e preparar o garoto para o pior. Jacob não precisaria assumir seu lugar necessariamente no clã Dimedenko, seu tio faria isso, mas tinha de assumir seu lugar no clã Pierdut Lumina. E ele teria de enfrentar preconceitos muito piores do que ele já enfrentava por ter um pai ex-humano. Ele seria uma heresia num clã de caçadores!
Jacob já havia aberto mais um novo pirulito, desta vez, um roseado, daqueles com chiclete dentro, enquanto jogava um jogo em seu Nitendo de uma franquia de grandes heróis da Shounen Jump. Fechou a tela do jogo, salvando-a quando viu o pai descer com um guarda-chuva. Ele estranhou, o dia estava lindo, sem quaisquer previsão de chuva.
Helena também voltara à sala, se sentando no sofá de frente com o sofá que Jacob estava.
-Cês tão estranhos... - murmurou o vampiro, novamente levantando a sombrancelha, enfiando o doce na boca e deixando a primeira leva da saliva envolver o pirulito, deixando na boca toda a delicadeza viciante do açúcar.
-Você sabe que seu pai era um humano, certo? - disse Helena, introduzindo o assunto.
-Sei sim, tanto que se sou um nobre, foi por que você me teve depois que papai foi transformado.
-Só que, eu não era um humano comum, filho. - disse José, tirando o guarda-chuva negro do apoio nos ombros. Para Helena, os movimento firmes com o objeto, como se ele fosse uma arma eram normais, mas para Jacob... Ele achava que o pai estava de brincadeira com o objeto, como costumou herdar dele a mania de fazer coisas idiotas.
-Tá, tá, dá pra ir no ponto? Eu ainda tenho que voltar para as aulas de artes na escola.
-Eu era um caçador. E você, mesmo nascendo vampiro, nasceu com o dom de caçar. Somos integrantes do clã Pierdut Lumina.
Pierdut Lumina, a Luz Perdida. Lembrava-se vagamente de François falando sobre uma lenda desse clã, que tinha o sangue de Van Hellsing correndo nas veias. Seu primeiro passo foi olhar o pai com uma expressão de “fala sério” versão Helena e sua sobrancelha. Segundo passo foi rir, como se aquilo fosse uma divertida piada.
Helena se levantou, estendendo seu braço para o filho. Jacob parou de rir estranhando. Ele estava bem alimentado, tinha caçado dois dias antes um urso. Além do que, raramente sua mãe e seu pai lhe davam sangue, como se tivesse algo naquilo que queriam evitar.
-Se duvida, esteja a vontade para mergulhar nas minhas lembranças e nas lembranças de seu pai.
Jacob estava estático, confuso. Mas estava também curioso em enxergar pelo véu do sangue de seus pais as imagens de anos anteriores. Ele segurou gentilmente o pulso de Helena, lambendo a área que era o alvo da mordida, fincando as presas com uma doçura, que só poderia ter vindo de um filho.
A medida que o sangue vistoso e poderoso de Helena invadia o organismo do garoto, as lembranças em flash surgiam. Em principio, ele nada entendia, uma jovem asiática e um baile, o vislumbre rápido de um José adolescente, com ar de boboca e uma mão boba. Depois a dança, a discussão no jardim, quando ele entrou no quarto dela, entendendo então que aquela jovem oriental era sua mãe. Uma confusão no colégio, ele lutando. Então a vista distante de seu pai sumindo na escuridão da noite e a aflição de Helena com seu sumiço. Depois a escola reformada, aquele corpo oriental mudado, presas, alguém transformara a humana. E o aroma que parecia atrair. Seu pai, já um pouco mais parecido com o que era, mas ainda humano. O reencontro, as declarações explosivas dele, a primeira vez que ela sugara o sangue dele. Outras batalhas, e a batalha final, onde Helena voltara ao seu corpo e seu pai sumira de novo.
O baque daquilo tudo fizera Jacob se afastar, esquecendo até de cicatrizar a ferida, coisa que Helena por si só fez. Estava assustado e olhava para seu pai, que também lhe estendia o braço. A principio, a demora parecia uma recusa, mas depois, fincou as presas, mais grosseiramente na pele de José.
Lembranças de caçadas na terra natal, a primeira namorada de José sendo atacada e morta. Raiva, culpa, revolta. As lembranças na Academia, o sentimento repentino e forte, mas uma crença inabalável que nem todos os vampiros eram maus. Caçadas, lutas para se impor no clã. A volta e reencontro, Erika Galvéz sempre tentando investir, mais lutas, o desespero de descobrir que sua técnica seria inútil contra Yurev, a recuperação de Helena e a dor da culpa o punindo ao terminar com Alice. A caçada contra seu tio Daniel na neve e a luta cheia de rancor. Meses procurando o paradeiro de Helena e por fim o reencontro, a transformação e a aposentaria das suas armas.
E se afastando, ele entendeu por que seu pai lhe dera aquelas pistolas gêmeas negras, de ares tão antiquado. E o por que de seu pai ter descido com aquele guarda-chuva negro em mãos.
-Jacob Lugano... Você é o próximo líder dos Pierdut Lumina. - disse num tom fora do comum para si, lambendo seu sangue, José Lugano.
Jacob sequer limpara o sangue que estava nos lábios, apenas caiu sentado no sofá, aturdido.
-Tá... de brincadeira...?
José pegou de jeito seu guarda-chuva, entoando palavras em uma lingua que não era nem francês, nem russo e nem espanhol. O objeto parecia se retorcer, esticar, até tomar a forma de uma lança negra de dois lados. Gaé Bolg.
Os olhos de Jacob continuavam perdidos diante de tanta informação, ver a lança demoníaca, assassina de coisas não humanas ali era algo que o fazia ficar mais confuso, mais assustado. Mas por que, por que Helena e José nunca disseram nada sobre ele ser o futuro líder do clã Pierdut Lumina? Uma parte do garoto se sentia traído, ao que Helena respondeu:
-Para evitar que isso te prejudicasse.
José recolheu sua arma, transformando-a de volta em guarda-chuva e sorriu.
-Daqui há um mês, iremos para a Romênia, na sede do clã. Diferente do tempo que eu assumi meu posto, meu pai não pode fazer a cerimônia de passagem, e eu tive muitos problemas e mostrar que era digno da minha posição. - ele tocou no ombro do filho, se ajoelhando para que sua altura alcançasse o olhar de Jacob, que ainda estava sentado. - Me desculpa, Jay, mesmo. Quando você nasceu, fiquei muito feliz também por poder ser capaz de passar o legado. Mas acima de tudo, só por você ter nascido.
Jacob fechou os olhos, limpando finalmente os lábios. Saber que iria se tornar líder de um clã parecia assustador. Viveu sempre a sombra do tio, a quem sempre tratou mais como um primo do que tio, ele iria suceder seu avô, Kairen. Então sempre cresceu despreocupado. Mas agora seria líder de outro clã, o clã de seu pai. Um clã a quem sua espécie considerava “inimigo”, um clã de caçadores.
-Qualé cara! Vai lerdiar aí, é? - berrou um jovem de cabelos castanhos, um moletom curioso, com um Ichigo impresso ali.
-É incrível, cara, como você tem sede de caçar! - resmungou um loiro, com roupas escuras. - Não é pra menos, o Conselho pede pra caçar aqueles level E, e pede para você vir junto. Assim não sobre para mim, pô.
O garoto sorriu, deixando as presas a mostra, num ar arrogante e displicente.
-Quem manda ser lerdo? De que adiante cês serem um bando de nobrezinhos se não conseguem vencer um quase level C?
-A sua sorte é que tua mãe transformou teu pai antes. - riu uma moça de cabelo negros e traços orientais. Ela pareceu do nada, num patins.
-Lindo sushi você, hein, Ginko...
-Cala a tua boca e se concentra!.
O garoto com o moletom de anime passou as mãos de leve no bolso da calça que vestia, logo avistando um dos vampiros level E. O garoto usando roupas pretas sabia o que viria e resmungou:
-Ah, nem pense... - o de moletom sacou uma arma negra e mirou. - em tirar a nossa... - atirou, fazendo o vampiro se esfarelar todinho. - diversão... VÉI! Qualé?
-Eu disse para não lerdiar, François.
-Que tipo de vampiro é você, Jacob? Que nem usa seu elemento? - resmungou um moreno de olhos verdes, parecendo um pouco mais velho, que acompanhava só para observar mesmo. Sabia que a mistura do gênio de sua irmã e seu cunhado faziam de Jacob, seu sobrinho, um kamikaze.
-E você que só fica de olho em mim, mas também fica quietinho e não me deda pra mamãe, Friederik!
Jacob se distraiu tanto que quando viu, François e Ginko já tinha destruido mais 5 level’s E. O garoto resmungou, fazendo uma careta de bravo.
-Não tirem minha presa! - bradou o garoto. Não sabiam seus amigos o por que dele adorar aquilo, ou melhor, do instinto em caçar a seus iguais. Não sabiam a verdade sobre o pai do garoto além do “ele ser um humano transformado”.
Mas seu tio sabia bem a verdade. O humano que aprendeu a domar uma sangue-puro, amando loucamente, tinha um nome: José Lugano. E tinha uma posição social: caçador de vampiros, líder do lendário clã Pierdut Lumina. Ao menos era, já que o contato com o clã era minimo.
Como sangue-puro, era fácil saber das coisas, mas ao pobre do sobrinho nobre, nunca foi dito o que estava reservado para ele. Um dia, teria de se apresentar aos Pierdut Lumina como seu novo líder.
Então apenas assistia ao sobrinho, observando ele se divertir as noites como um nobre cumprindo com seu dever e de dia como um estudante comum numa chique escola francesa.
-José, fale alguma coisa!
-Falar o que?
-Ora, já sabe. Não é pra ele sair por aí esbanjando a Moonlight que você deu! Querem que o repudiem mais ainda?
-Se ele quer usar nas caçadas e economizar o poder dele, ué? Deixa o menino.
Jacob estava todo afundado no sofá, vendo de novo a discussão de seus pais, com uma cara de tédio, a sobrancelha se levantando daquela maneira que denunciava a genética herdada de Helena.
-Tá bom, mamãe... Se quer que o papai concordar, tem que botar toda a banca de sangue-puro. - ele suspirou, pegando um pirulito do bolso.
Helena praticamente fuzilou o filho, fazendo-o morder o doce e fincando sua presa no mesmo. O pobre garoto nem conseguia falar com o pirulito grudado nas presas.
-Helena, é até bom que ele use a arma. Você sabe que logo terei de...
Helena apenas encarou José, mas sabia que cedo ou tarde, chegaria o dia que Jacob teria de assumir seu lugar, sucedendo o pai.
-Ahem ba huda? - tentava Jacob pronunciar um pedido de ajuda. Helena se aproximou do filho, e puxou com tanta força o doce que Jacob tinha a certeza que mais um pouco e perdia uma das presas. Quando viu, seu precioso docinho estava no chão, recoberto de poeira que cai ao longo do dia.
Estavam ali pai e filho, José e Jacob. Poderiam facilmente dizer que o jovem vampiro era a cópia de seu pai, ambos com os cabelos castanhos e um porte físico semelhante, a exceção que Jacob ainda tinha um corpo em desenvolvimento. E os olhos. Jacob não herdara o tom adocicado do chocolate de José e sim, as belas safiras de Helena. Jacob também não tinha as marcas de luta do corpo de José, parecendo um corpo imaculado, uma cópia fiel, mas melhorada.
-Helena tem medo de te perder.
-Não sei por que, papai. Eu não vou deixar de gostar de todos vocês. Nem abandonar.
José sorriu, se aproximando do rebento e bagunçando o cabelo dele:
-É por que ainda é cedo, mas você vai entender.
-Mas o que tem de errado eu não usar meus poderes e preferir usar a arma que o senhor deu?
-Nada de errado. - ele parou de bagunçar o cabelo do garoto. - Mas sabe que na sociedade da noite eu não sou bem-vindo e...
-Eu sei. Por que você era um humano.
José se afastou, subindo para o quarto do casal. Os barulhos que Jacob ouvia denunciava que o chileno buscava algo há muito guardado. Talvez fosse melhor que contasse de uma vez a verdade. E Helena bem que rastreou o que o ex-caçador faria.
Certamente, era o melhor a se fazer e preparar o garoto para o pior. Jacob não precisaria assumir seu lugar necessariamente no clã Dimedenko, seu tio faria isso, mas tinha de assumir seu lugar no clã Pierdut Lumina. E ele teria de enfrentar preconceitos muito piores do que ele já enfrentava por ter um pai ex-humano. Ele seria uma heresia num clã de caçadores!
Jacob já havia aberto mais um novo pirulito, desta vez, um roseado, daqueles com chiclete dentro, enquanto jogava um jogo em seu Nitendo de uma franquia de grandes heróis da Shounen Jump. Fechou a tela do jogo, salvando-a quando viu o pai descer com um guarda-chuva. Ele estranhou, o dia estava lindo, sem quaisquer previsão de chuva.
Helena também voltara à sala, se sentando no sofá de frente com o sofá que Jacob estava.
-Cês tão estranhos... - murmurou o vampiro, novamente levantando a sombrancelha, enfiando o doce na boca e deixando a primeira leva da saliva envolver o pirulito, deixando na boca toda a delicadeza viciante do açúcar.
-Você sabe que seu pai era um humano, certo? - disse Helena, introduzindo o assunto.
-Sei sim, tanto que se sou um nobre, foi por que você me teve depois que papai foi transformado.
-Só que, eu não era um humano comum, filho. - disse José, tirando o guarda-chuva negro do apoio nos ombros. Para Helena, os movimento firmes com o objeto, como se ele fosse uma arma eram normais, mas para Jacob... Ele achava que o pai estava de brincadeira com o objeto, como costumou herdar dele a mania de fazer coisas idiotas.
-Tá, tá, dá pra ir no ponto? Eu ainda tenho que voltar para as aulas de artes na escola.
-Eu era um caçador. E você, mesmo nascendo vampiro, nasceu com o dom de caçar. Somos integrantes do clã Pierdut Lumina.
Pierdut Lumina, a Luz Perdida. Lembrava-se vagamente de François falando sobre uma lenda desse clã, que tinha o sangue de Van Hellsing correndo nas veias. Seu primeiro passo foi olhar o pai com uma expressão de “fala sério” versão Helena e sua sobrancelha. Segundo passo foi rir, como se aquilo fosse uma divertida piada.
Helena se levantou, estendendo seu braço para o filho. Jacob parou de rir estranhando. Ele estava bem alimentado, tinha caçado dois dias antes um urso. Além do que, raramente sua mãe e seu pai lhe davam sangue, como se tivesse algo naquilo que queriam evitar.
-Se duvida, esteja a vontade para mergulhar nas minhas lembranças e nas lembranças de seu pai.
Jacob estava estático, confuso. Mas estava também curioso em enxergar pelo véu do sangue de seus pais as imagens de anos anteriores. Ele segurou gentilmente o pulso de Helena, lambendo a área que era o alvo da mordida, fincando as presas com uma doçura, que só poderia ter vindo de um filho.
A medida que o sangue vistoso e poderoso de Helena invadia o organismo do garoto, as lembranças em flash surgiam. Em principio, ele nada entendia, uma jovem asiática e um baile, o vislumbre rápido de um José adolescente, com ar de boboca e uma mão boba. Depois a dança, a discussão no jardim, quando ele entrou no quarto dela, entendendo então que aquela jovem oriental era sua mãe. Uma confusão no colégio, ele lutando. Então a vista distante de seu pai sumindo na escuridão da noite e a aflição de Helena com seu sumiço. Depois a escola reformada, aquele corpo oriental mudado, presas, alguém transformara a humana. E o aroma que parecia atrair. Seu pai, já um pouco mais parecido com o que era, mas ainda humano. O reencontro, as declarações explosivas dele, a primeira vez que ela sugara o sangue dele. Outras batalhas, e a batalha final, onde Helena voltara ao seu corpo e seu pai sumira de novo.
O baque daquilo tudo fizera Jacob se afastar, esquecendo até de cicatrizar a ferida, coisa que Helena por si só fez. Estava assustado e olhava para seu pai, que também lhe estendia o braço. A principio, a demora parecia uma recusa, mas depois, fincou as presas, mais grosseiramente na pele de José.
Lembranças de caçadas na terra natal, a primeira namorada de José sendo atacada e morta. Raiva, culpa, revolta. As lembranças na Academia, o sentimento repentino e forte, mas uma crença inabalável que nem todos os vampiros eram maus. Caçadas, lutas para se impor no clã. A volta e reencontro, Erika Galvéz sempre tentando investir, mais lutas, o desespero de descobrir que sua técnica seria inútil contra Yurev, a recuperação de Helena e a dor da culpa o punindo ao terminar com Alice. A caçada contra seu tio Daniel na neve e a luta cheia de rancor. Meses procurando o paradeiro de Helena e por fim o reencontro, a transformação e a aposentaria das suas armas.
E se afastando, ele entendeu por que seu pai lhe dera aquelas pistolas gêmeas negras, de ares tão antiquado. E o por que de seu pai ter descido com aquele guarda-chuva negro em mãos.
-Jacob Lugano... Você é o próximo líder dos Pierdut Lumina. - disse num tom fora do comum para si, lambendo seu sangue, José Lugano.
Jacob sequer limpara o sangue que estava nos lábios, apenas caiu sentado no sofá, aturdido.
-Tá... de brincadeira...?
José pegou de jeito seu guarda-chuva, entoando palavras em uma lingua que não era nem francês, nem russo e nem espanhol. O objeto parecia se retorcer, esticar, até tomar a forma de uma lança negra de dois lados. Gaé Bolg.
Os olhos de Jacob continuavam perdidos diante de tanta informação, ver a lança demoníaca, assassina de coisas não humanas ali era algo que o fazia ficar mais confuso, mais assustado. Mas por que, por que Helena e José nunca disseram nada sobre ele ser o futuro líder do clã Pierdut Lumina? Uma parte do garoto se sentia traído, ao que Helena respondeu:
-Para evitar que isso te prejudicasse.
José recolheu sua arma, transformando-a de volta em guarda-chuva e sorriu.
-Daqui há um mês, iremos para a Romênia, na sede do clã. Diferente do tempo que eu assumi meu posto, meu pai não pode fazer a cerimônia de passagem, e eu tive muitos problemas e mostrar que era digno da minha posição. - ele tocou no ombro do filho, se ajoelhando para que sua altura alcançasse o olhar de Jacob, que ainda estava sentado. - Me desculpa, Jay, mesmo. Quando você nasceu, fiquei muito feliz também por poder ser capaz de passar o legado. Mas acima de tudo, só por você ter nascido.
Jacob fechou os olhos, limpando finalmente os lábios. Saber que iria se tornar líder de um clã parecia assustador. Viveu sempre a sombra do tio, a quem sempre tratou mais como um primo do que tio, ele iria suceder seu avô, Kairen. Então sempre cresceu despreocupado. Mas agora seria líder de outro clã, o clã de seu pai. Um clã a quem sua espécie considerava “inimigo”, um clã de caçadores.
Última edição por Arisu em Ter Mar 27, 2012 5:04 pm, editado 1 vez(es)
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Re: Veneran el nuevo líder. Yo! - Aventura, Comédia, Pitadas de romance xD
Act 2 - Horas confusas
A frondosa figueira, o ponto de encontro da gangue. O colégio ficava do lado da faculdade anexa, onde o herdeiro dos Dimedenko, Friederik Gustav estudava. Havia um curso que interessara ao rapaz, e estava morando com a irmã mais velha.
Jacob estava quieto. Costumeiramente o garoto ou estava falando besteiras ou de idéias inaprovetáveis para um roteiro de mangá. A única coisa que parecia remeter ao Jacob tradicional era o pirulito na boca. Fingia prestar atenção no gatinho-robô de bolso que François construir para investigar level’s E que estivessem rondando a região e poder traçar uma rota melhor.
-No fim, mesmo após tantos anos, ainda temos muita sujeira do Yan Yurev para limpar. É mole? - terminou a explicação com essa frase o vampiro loiro.
Yurev. Os flashs de seus pais quando ingeriu o sangue, ele sabia perfeitamente os traços do demônio, hoje quase uma lenda.
-Dizem que foi um com a ajuda dos Pierdut, mas duvido que exista um grupo assim. Não se derrota tão fácil um sangue-puro...
Ginko tinha comentado aquilo, mas a garota não esperava que Jacob iria beijá-la do nada. Ele não a beijou só pelo fogo de sair pegando garotas, como costumava fazer, mas por que queria que ela não citasse lendas das quais ele próprio agora fazia parte. Aquilo o incomodava, ainda não tinha digerido aquilo.
François via a cena impassível, disfarçando e voltando a brincar com o gatinho de metal, enquanto Jacob pressionava o delicado corpo de Ginko contra a grama fresca e verde. Ginko correspondia, gostava do beijo do garoto, bem mais do que o de outros, mas não entendia por que ele havia beijado ela.
Jacob parou o beijo, tão inesperado quanto começara, se levantou e saiu andando, enquanto recolocava o pirulito de novo na boca, arranhando o doce nervosamente com suas presas. A oriental ficou olhando as costas do amigo, parecendo perdida e sem entender nada.
-Que bicho mordeu ele?
-Vai saber se o papai não descontrolou e ele teve que dar sangue. - resmungou François, olhando a lampada da escola ali perto, na saída do dia anterior estava quebrando, então decidiu concertar, elevando seu dedo suavemente em direção ao objeto.
-Vocês são lerdos? - disse um Friederik envolto em sombras, surgindo da sombra da figueira. Seus braços cruzados numa roupa casual, comum, típica de qualquer universitário. - Nem repararam que aquele idiota estava com minhocas na cabeça? - ele parou um tempo, soltando um suspiro que mais parecia um bufar, jogando a franja negra da frente dos olhos esverdeados. - Ok, ele é idiota como o pai e tem minhoca na cabeça.
-O que ele teria, sir Gustav? - indagou Ginko, que costumava usar o segundo nome do rapaz com ares respeitoso.
Fried sabia bem do que se tratava, já estava por perto e lera a mente do sobrinho rapidamente. Até gostava de torturar um pouco o garoto usando seu dom de sangue-puro.
-Problemas familiares, mas acho melhor deixar ele contar quando quiser. - ele olhou François, respondendo sua ironia mental com sua própria voz. - Qual o problema de usar todo meu poder para tentar entender meu sobrinho?
-Apenas acho um tanto invasivo isso. - respondeu com certa frieza o loiro.
-Um tecnopata não é tão diferente de um sangue-puro. A diferença é que você lêem mentes digitais.
Ginko olhou os dois garotos e entrou entre eles, principalmente quando o gatinho metálico pareceu rosnar para Fried. Estava claro que François não gostou da resposta e intentava ir contra alguém de rank superior.
-Ok, já basta.
Jacob estava no topo do prédio, rabiscando uns pássaros que estavam na copa de uma árvore próxima. Mas a sombra feita por Ginko encobriu o desenho e nada restou ao jovem erguer a cabeça e olhar a garota.
-O que é? - disse meio abafado, usando os dentes frontais para segurar o pirulito de morango em forma de coração que estava no fim.
-Você está estranho. - ela se ajoelhou a frente dele. - Não falou besteiras, está quieto e querendo se isolar de todos.
Jacob apenas estava olhando a garota. Fechou o caderno e guardou o material de desenho e deixou-o de lado. Ele novamente avançou contra ela e a derrubou no chão.
-Eu realmente gostaria que não falasse. Não quero te beijar a toa.
-Foi por isso que me beijou?
Jacob não respondeu, sua expressão estava como o de alguém que chupara limão, então ele saiu de cima da garota, embora ela continuasse ali deitada sem entender nada.
-Estou vendo sua calcinha de morangos. - ele resmungou, olhando de lado.
Ginko se arrumou rapidamente, se contendo para não espancar o rapaz, o fuzilando com o olhar. Mas reparou que apesar da brincadeira, Jay estava sério, e perdido.
-Eu sou um caçador, Gin. - ele disse, tão baixo que mais parecia um sussurro. Dizer que além de vampiro ele era um caçador parecia tão anormal. Não, ele nada tinha contra os caçadores, mas crescera muito mais enfiado num universos de presas e sangue do que num em que ele era a presa.
-Claro, caçamos level’s E pela cidade.
-Não é isso! - ele encarou a garota e segurou-a pelos braços a balançando. Ginko tinha a sensibilidade que François, seu melhor amigo, não tinha. E Friederik... Aquele lá não tinha como ocultar segredos mesmo. - Meu pai era um caçador, eu também sou um caçador de todo modo.
-Qual o problema nisso?
-Ele nunca ter falado, nunca ter se imposto mais ainda e simplesmente ter aceitado tantas coisas de cabeça baixa. Ele tinha como se impor mais. Veja aquele caçador, o Zero Kiryuu! - ele encostou a testa no ombro da menina. - Eu vi através do sangue dos meus pais. Eu entendo o sentimento dos dois, o que passaram, mas... ainda é confuso, Gin...
Ginko passou os seus delicados braços nas costas de Jay, afagando os cabelos dele com carinho.
-Eu sou... um Pierdut Lumina...
Jacob falou de repente, e Ginko soltou um leve arfar de susto.
-Eles... Eles existem...?
-Meu pai... Foi ele quem liderou os Pierdut contra o Yurev. Não foi bem ele que matou o Yan Yurev, mas... ele liderou o ataque como líder do clã. Eu vou ser o próximo líder. E isso que está martelando minha cabeça. - Jacob não queria olhar a garota, iria achar que ele estava de brincadeira ou algo assim.
Ginko o afastou um pouco para encarar, o rosto desanimado do bobalhão Jacob a assustava de alguma forma. Ela se aproximou dele, o beijando. Quase ninguém ia no terraço, principalmente os vampiros que estudavam ali, ela o empurrou contra o chão e ele apenas deixou.
-Imagino que de novo tenha passado a noite fabricando espadas...
Ginko vinha de uma familia de vmapiros que controlava o metal, eram ferreiros exímios tanto para os seus quanto para caçadores ou qualquer outra classe.Ela vinha aprendendo o ofício, e gastar seus dons para tanto a deixava faminta e Jacob costumava acalentar com seu sangue a amiga. Ginko se dirigiu ao pescoço do garoto. Ter beijado ele parecia dar mais sede a ela, apesar dele mesmo não sentir. Caçar ursos era a diversão dele, e as vezes seus pais também lhe davam sangue. Ele não sabia realmente o que era sentir fome, apesar de frequentemente se sentir atiçado em descobrir como era morder outra pessoa que não fosse da familia. Mas não faria isso a Ginko, de forma alguma.
Sabia que a familia de Ginko era o cão chupando manga e que na verdade, era para ela estar fazendo todos os ofícios sem se alimentar com sangue, mas padecia da amiga, não podia deixar ela quieta com fome.
A forma como ambos costumavam trocar tais favores era conhecida entre o grupo, a resposta do corpo do garoto a aquilo não era da mais inocente e novamente o terraço presenciava aquilo. E no meio da brincadeira, Jacob sentia um pé muito intrometido chutar ele.
-Não tem vergonha de fazerem isso num local público? Ao menos o idiota do seu pai era mais respeitoso com minha irmã. - resmungou a voz entediada do titio Fried. - O sinal tocou, filhote de “vampirus idiotus”.
-E sua facul, hein? Cê não tem nada melhor para fazer, não, titio?
Quando Jacob ia pegar suas roupas, ela tinha sumido. A forma como Fried decidira castigar seu sobrinho era... sofrível. Ele levara as roupas do menino consigo ao viajar pelas sombras, deixnado Jay sem roupa alguma.
-Seu féladap...!
-To entendendo. Tá cara, eu preciso desligar, tenho música pra compor pro show digital de duas semanas. Ok, ok... - José quase jogou o aparelho na parede, mas se controlou. Eram raros os contatos com os membros de seu clã e ele ainda não tinha revelado a eles que já não era mais humano. Enviariam um caçador do clã para acompanhar o treinamento de Jacob para assumir o lugar dele como líder.
José se enfiou, soltando todo o peso no puff preto de couro gigante que ele tinha num dos antigos quartos de hóspedes que havia lá e agora era seu estúdio de trabalho, onde passava seu tempo compondo para sua banda digital e tocando a guitarra.
Ele passou a mão pela testa e mergulhando seus dedos nos fios chocolate, agradecendo por Helena ter saído com Freya, comprar coisas pra mais um bebê da ruiva e seu sogro. Detestava fazer contato com seu clã, tinha criado certa aversão a ele depois do caso de enviarem Erika Galvéz como “Noiva”.
-Holy shit! - resmungou.
Jacob entrou pelo fundo, Isac se segurando para não rir doe estado do filho dos patrões, estando vestido com um roupão cor-de-rosa. Foi a única coisa que Ginko e François conseguiram, apesar do rapaz ter plena certeza que o amigo fizera de sacanagem. Estava furioso, não só pelo ocorrido, como por que ele não estava “aliviado”. Entrou rapidamente para seu quarto, tratando de esconder bem escondido o roupão rosa e pondo uma camiseta qualquer, uma calça surradona e andando descalço (para desespero de Helena, que via as vezes muito mais de José nele do que ela própria).
Ele decidiu ir cutucar o pai na sala, mas estranhou a cena em que viu, de seu pai deitado, todo afundado no puff e um outro homem o observando. Um longo cabelo loiro, olhos frios, uma espada segurada de modo bem diferente. Aquele homem aparentava, na verdade, ainda ser um adolescente. A lâmina da espada parecia apontar para um estocada no peito de José, fazendo os olhos de Jacob ficarem vermelhos, sentindo uma fúria por aquele intruso querer ferir seu pai que estava adormecido, suas unhas ficando um pouco maiores e assustadoras.
-Sai de perto dele! - Jacob berrou, avançando contra o estranho, que só então o olhou, mas nada apenas isso: um olhar e nada mais. O único movimento do outro rapaz fora a de uma esquiva.
Jacob rosnou:
-O que diabos quer aqui?
-Quem diria que José Lugano... o todo poderoso líder dos Pierdut Lumina se deixou morder por aquela sangue-puro. - o garoto murmurou, uma voz que recém completara a mudança. - Vamos, vampiro, salve seu pai do veneno que eu dei a ele. Mas vai ter que mostrar seu valor.
A frondosa figueira, o ponto de encontro da gangue. O colégio ficava do lado da faculdade anexa, onde o herdeiro dos Dimedenko, Friederik Gustav estudava. Havia um curso que interessara ao rapaz, e estava morando com a irmã mais velha.
Jacob estava quieto. Costumeiramente o garoto ou estava falando besteiras ou de idéias inaprovetáveis para um roteiro de mangá. A única coisa que parecia remeter ao Jacob tradicional era o pirulito na boca. Fingia prestar atenção no gatinho-robô de bolso que François construir para investigar level’s E que estivessem rondando a região e poder traçar uma rota melhor.
-No fim, mesmo após tantos anos, ainda temos muita sujeira do Yan Yurev para limpar. É mole? - terminou a explicação com essa frase o vampiro loiro.
Yurev. Os flashs de seus pais quando ingeriu o sangue, ele sabia perfeitamente os traços do demônio, hoje quase uma lenda.
-Dizem que foi um com a ajuda dos Pierdut, mas duvido que exista um grupo assim. Não se derrota tão fácil um sangue-puro...
Ginko tinha comentado aquilo, mas a garota não esperava que Jacob iria beijá-la do nada. Ele não a beijou só pelo fogo de sair pegando garotas, como costumava fazer, mas por que queria que ela não citasse lendas das quais ele próprio agora fazia parte. Aquilo o incomodava, ainda não tinha digerido aquilo.
François via a cena impassível, disfarçando e voltando a brincar com o gatinho de metal, enquanto Jacob pressionava o delicado corpo de Ginko contra a grama fresca e verde. Ginko correspondia, gostava do beijo do garoto, bem mais do que o de outros, mas não entendia por que ele havia beijado ela.
Jacob parou o beijo, tão inesperado quanto começara, se levantou e saiu andando, enquanto recolocava o pirulito de novo na boca, arranhando o doce nervosamente com suas presas. A oriental ficou olhando as costas do amigo, parecendo perdida e sem entender nada.
-Que bicho mordeu ele?
-Vai saber se o papai não descontrolou e ele teve que dar sangue. - resmungou François, olhando a lampada da escola ali perto, na saída do dia anterior estava quebrando, então decidiu concertar, elevando seu dedo suavemente em direção ao objeto.
-Vocês são lerdos? - disse um Friederik envolto em sombras, surgindo da sombra da figueira. Seus braços cruzados numa roupa casual, comum, típica de qualquer universitário. - Nem repararam que aquele idiota estava com minhocas na cabeça? - ele parou um tempo, soltando um suspiro que mais parecia um bufar, jogando a franja negra da frente dos olhos esverdeados. - Ok, ele é idiota como o pai e tem minhoca na cabeça.
-O que ele teria, sir Gustav? - indagou Ginko, que costumava usar o segundo nome do rapaz com ares respeitoso.
Fried sabia bem do que se tratava, já estava por perto e lera a mente do sobrinho rapidamente. Até gostava de torturar um pouco o garoto usando seu dom de sangue-puro.
-Problemas familiares, mas acho melhor deixar ele contar quando quiser. - ele olhou François, respondendo sua ironia mental com sua própria voz. - Qual o problema de usar todo meu poder para tentar entender meu sobrinho?
-Apenas acho um tanto invasivo isso. - respondeu com certa frieza o loiro.
-Um tecnopata não é tão diferente de um sangue-puro. A diferença é que você lêem mentes digitais.
Ginko olhou os dois garotos e entrou entre eles, principalmente quando o gatinho metálico pareceu rosnar para Fried. Estava claro que François não gostou da resposta e intentava ir contra alguém de rank superior.
-Ok, já basta.
Jacob estava no topo do prédio, rabiscando uns pássaros que estavam na copa de uma árvore próxima. Mas a sombra feita por Ginko encobriu o desenho e nada restou ao jovem erguer a cabeça e olhar a garota.
-O que é? - disse meio abafado, usando os dentes frontais para segurar o pirulito de morango em forma de coração que estava no fim.
-Você está estranho. - ela se ajoelhou a frente dele. - Não falou besteiras, está quieto e querendo se isolar de todos.
Jacob apenas estava olhando a garota. Fechou o caderno e guardou o material de desenho e deixou-o de lado. Ele novamente avançou contra ela e a derrubou no chão.
-Eu realmente gostaria que não falasse. Não quero te beijar a toa.
-Foi por isso que me beijou?
Jacob não respondeu, sua expressão estava como o de alguém que chupara limão, então ele saiu de cima da garota, embora ela continuasse ali deitada sem entender nada.
-Estou vendo sua calcinha de morangos. - ele resmungou, olhando de lado.
Ginko se arrumou rapidamente, se contendo para não espancar o rapaz, o fuzilando com o olhar. Mas reparou que apesar da brincadeira, Jay estava sério, e perdido.
-Eu sou um caçador, Gin. - ele disse, tão baixo que mais parecia um sussurro. Dizer que além de vampiro ele era um caçador parecia tão anormal. Não, ele nada tinha contra os caçadores, mas crescera muito mais enfiado num universos de presas e sangue do que num em que ele era a presa.
-Claro, caçamos level’s E pela cidade.
-Não é isso! - ele encarou a garota e segurou-a pelos braços a balançando. Ginko tinha a sensibilidade que François, seu melhor amigo, não tinha. E Friederik... Aquele lá não tinha como ocultar segredos mesmo. - Meu pai era um caçador, eu também sou um caçador de todo modo.
-Qual o problema nisso?
-Ele nunca ter falado, nunca ter se imposto mais ainda e simplesmente ter aceitado tantas coisas de cabeça baixa. Ele tinha como se impor mais. Veja aquele caçador, o Zero Kiryuu! - ele encostou a testa no ombro da menina. - Eu vi através do sangue dos meus pais. Eu entendo o sentimento dos dois, o que passaram, mas... ainda é confuso, Gin...
Ginko passou os seus delicados braços nas costas de Jay, afagando os cabelos dele com carinho.
-Eu sou... um Pierdut Lumina...
Jacob falou de repente, e Ginko soltou um leve arfar de susto.
-Eles... Eles existem...?
-Meu pai... Foi ele quem liderou os Pierdut contra o Yurev. Não foi bem ele que matou o Yan Yurev, mas... ele liderou o ataque como líder do clã. Eu vou ser o próximo líder. E isso que está martelando minha cabeça. - Jacob não queria olhar a garota, iria achar que ele estava de brincadeira ou algo assim.
Ginko o afastou um pouco para encarar, o rosto desanimado do bobalhão Jacob a assustava de alguma forma. Ela se aproximou dele, o beijando. Quase ninguém ia no terraço, principalmente os vampiros que estudavam ali, ela o empurrou contra o chão e ele apenas deixou.
-Imagino que de novo tenha passado a noite fabricando espadas...
Ginko vinha de uma familia de vmapiros que controlava o metal, eram ferreiros exímios tanto para os seus quanto para caçadores ou qualquer outra classe.Ela vinha aprendendo o ofício, e gastar seus dons para tanto a deixava faminta e Jacob costumava acalentar com seu sangue a amiga. Ginko se dirigiu ao pescoço do garoto. Ter beijado ele parecia dar mais sede a ela, apesar dele mesmo não sentir. Caçar ursos era a diversão dele, e as vezes seus pais também lhe davam sangue. Ele não sabia realmente o que era sentir fome, apesar de frequentemente se sentir atiçado em descobrir como era morder outra pessoa que não fosse da familia. Mas não faria isso a Ginko, de forma alguma.
Sabia que a familia de Ginko era o cão chupando manga e que na verdade, era para ela estar fazendo todos os ofícios sem se alimentar com sangue, mas padecia da amiga, não podia deixar ela quieta com fome.
A forma como ambos costumavam trocar tais favores era conhecida entre o grupo, a resposta do corpo do garoto a aquilo não era da mais inocente e novamente o terraço presenciava aquilo. E no meio da brincadeira, Jacob sentia um pé muito intrometido chutar ele.
-Não tem vergonha de fazerem isso num local público? Ao menos o idiota do seu pai era mais respeitoso com minha irmã. - resmungou a voz entediada do titio Fried. - O sinal tocou, filhote de “vampirus idiotus”.
-E sua facul, hein? Cê não tem nada melhor para fazer, não, titio?
Quando Jacob ia pegar suas roupas, ela tinha sumido. A forma como Fried decidira castigar seu sobrinho era... sofrível. Ele levara as roupas do menino consigo ao viajar pelas sombras, deixnado Jay sem roupa alguma.
-Seu féladap...!
-To entendendo. Tá cara, eu preciso desligar, tenho música pra compor pro show digital de duas semanas. Ok, ok... - José quase jogou o aparelho na parede, mas se controlou. Eram raros os contatos com os membros de seu clã e ele ainda não tinha revelado a eles que já não era mais humano. Enviariam um caçador do clã para acompanhar o treinamento de Jacob para assumir o lugar dele como líder.
José se enfiou, soltando todo o peso no puff preto de couro gigante que ele tinha num dos antigos quartos de hóspedes que havia lá e agora era seu estúdio de trabalho, onde passava seu tempo compondo para sua banda digital e tocando a guitarra.
Ele passou a mão pela testa e mergulhando seus dedos nos fios chocolate, agradecendo por Helena ter saído com Freya, comprar coisas pra mais um bebê da ruiva e seu sogro. Detestava fazer contato com seu clã, tinha criado certa aversão a ele depois do caso de enviarem Erika Galvéz como “Noiva”.
-Holy shit! - resmungou.
Jacob entrou pelo fundo, Isac se segurando para não rir doe estado do filho dos patrões, estando vestido com um roupão cor-de-rosa. Foi a única coisa que Ginko e François conseguiram, apesar do rapaz ter plena certeza que o amigo fizera de sacanagem. Estava furioso, não só pelo ocorrido, como por que ele não estava “aliviado”. Entrou rapidamente para seu quarto, tratando de esconder bem escondido o roupão rosa e pondo uma camiseta qualquer, uma calça surradona e andando descalço (para desespero de Helena, que via as vezes muito mais de José nele do que ela própria).
Ele decidiu ir cutucar o pai na sala, mas estranhou a cena em que viu, de seu pai deitado, todo afundado no puff e um outro homem o observando. Um longo cabelo loiro, olhos frios, uma espada segurada de modo bem diferente. Aquele homem aparentava, na verdade, ainda ser um adolescente. A lâmina da espada parecia apontar para um estocada no peito de José, fazendo os olhos de Jacob ficarem vermelhos, sentindo uma fúria por aquele intruso querer ferir seu pai que estava adormecido, suas unhas ficando um pouco maiores e assustadoras.
-Sai de perto dele! - Jacob berrou, avançando contra o estranho, que só então o olhou, mas nada apenas isso: um olhar e nada mais. O único movimento do outro rapaz fora a de uma esquiva.
Jacob rosnou:
-O que diabos quer aqui?
-Quem diria que José Lugano... o todo poderoso líder dos Pierdut Lumina se deixou morder por aquela sangue-puro. - o garoto murmurou, uma voz que recém completara a mudança. - Vamos, vampiro, salve seu pai do veneno que eu dei a ele. Mas vai ter que mostrar seu valor.
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Re: Veneran el nuevo líder. Yo! - Aventura, Comédia, Pitadas de romance xD
ACT 3 - Sid
Jacob estava furioso demais para captar algumas palavras, mas aquele estranho ter dito que havia envenenado seu velho era demais. Só poderia contar com seus punhos e seu elemento, mas ele sempre detestava ter que usar algo como isso. Mexer com o espírito não era algo bom, muito menos se estava furioso.
-E então, filhote de dentuço? O que vai ser? - o loiro girou o cabo da espada, deixando melhor visualizado que era uma katana modificada, posicionando-se melhor. - Vai deixar o papai aí virar cinzas?
-Eu vou matar você, seu porco! - rosnou Jacob, avançando de novo contra o invasor, almejando fincar suas garras no pescoço do caçador ali. Ao que o outro novamente se esquivou, mas durante o mesmo, executou um golpe discreto com a arma, cortando superficialmente sua pele, da divisa entre o peito e o abdômen, direcionando ao ombro direito do garoto.
Jacob sentiu o cheiro do próprio sangue, se sentindo zonzo pelo aroma e pelo ódio cego, Sabia que se não derrotasse logo, seu pai morreria ou ele mesmo morreria pois não conseguiria mais se controlar por completo.
-Mas nem ferrando vou me rebaixar a um moleque como você. - gracejou o loiro, rindo ironicamente do estado de Jacob, ajoelhado no chão, parecendo confuso. - Você é muito lerdo, pirralho.
Jacob não estava lá com muita paciencia, usando o seu próprio sangue para escorregar e ganhar velocidade, mas ao chegar do loiro se agachou, pretendendo dar uma rasteira, mas o invasor era mais rapido, racional e esperto, ficando a ponta da espada nas costas, proximo ao outro ombro, fazendo o jovem vampiro urrar de dor, não era uma lâmina comum, definitivamente.
-Isso é tudo? Não acredito que da união de um ex-caçador e uma sangue-puro sairia um inutil como você!
Se movia com dificuldade, mas ele agarrou a perna do garoto com força e o puxou, fazendo o loiro cair ao chão, Jacob pegou no cabo, sentindo as ondas elétricas da arma rejeitando seu toque e jogando a espada para outro canto do cômodo.
Agora o vampiro estava por cima, literalmente, a mão esquerda fechando as garras no pescoço, penetrando um pouco, enquanto o loiro parecia se segurar para não berrar com a dor.
-Vai livrar meu pai desse veneno agora, seu maldito...! Ou pode ter certeza que faço seu sangue curar ele.
-Hã? Que bagunça é essa? Cheiro de sangue...? - a voz mole de José ecoou de leve no estúdio, e o ex-humano virou seu rosto para a cena, com uma cara de sono enorme. E então viu o filho todo ferido em cima de um humano desconhecido. - Não sabia que gostava dessa fruta...
Jacob parecia despertar do estado de furia e olhava o loiro que agora sorria amarelo.
-Você disse...
-Eu menti...
Ele olhava para o pai, para o intruso, e assim alternou por 5 vezes.
-EU TE MATO SEU FILHO DE UMA DESGRANHADA! - Jacob começou a gritar feito um louco, sendo segurado por José, que mesmo morrendo de sede ainda tinha algum controle.
-Por acaso você... é o tal Sid? - indagou José, com a cara mais inocente do mundo perante aquele momento.
-Sim, sou eu. Sid Fraker. Sou o caçador enviado. Desculpa a entrada repentina, mas eu queria testar o novo líder.
-TESTAR O CACETE! TU QUIS ME MATAR!
José então começou a sair arrastando como pode o filho:
-Desculpa, aê, já estou de volta...
Alguns minutos haviam passado, José acabou colocando um moletom e se sentou de qualquer modo no puff de couro, enquanto Jacob, de banho tomado e outra roupa surradona, estava sentando no chõa, encostando de leve o corpo no puff.
-Desculpa, cara. Mas não é nem um pouco divertido ver um loiro cabeludo com uma espada ameaçando o idiota do pai. - resmungou o adolescente, levando um pedala de José que olhou torto quando Jacob ergueu a cabeça.
-A fama de idiotice parece vir de familia...
-Você me lembra muito uma pessoa. - disse José, parecendo analisar o rapaz a frente. - Me lembra uma garota que me foi dada como noiva, Erika Galvéz. Sabe como ela está?
-A mamãe... Ela morreu.
Jacob ergueu o olhar para José e o que encontrou foi o mesmo parecendo surpreso, uma expressão semelhante ao luto e isso ficou claro quando ele abaixou os olhos e pendeu a cabeça sobre suas mãos, que estava apoiada nos joelhos.
-Entendo. Então de fato você é filho da Erika... Mas o que houve?
Sid fechou um pouco a expressão, mas o tom de voz dele era como se contasse algo trivial, por motivos que seriam claros:
-Depois que você aboliu o sistema das noivas, e que minha mãe falhou na missão com você, ela foi raptada por uns velhos conservadores que passaram anos torturando e abusando dela. - ele soltou um longo suspiro. - Infelizmente meu pai é um desses animais. Ela engravidou de mim e estava ficando louca, mas meu pai adotivo diz que ela conseguia se manter de pé por que eu estava nos braços dela. Mas me tiraram de perto e ela surtou de vez e acabou se matando quando eu tinha 2 anos.
Podia ser ouvido de José um suspiro lamentoso, enquanto o mesmo jogava o seu corpo para trás, escondendo o rosto. Sentia a culpa lhe cortar por inteiro, se soubesse do sistema das noivas antes poderia ter impedido toda essa tragédia com Erika. Não desgostava da garota, sentia pena, dó. Não queria que nada de mal acontecesse a ela. Não era uma garota de encher os olhos com o brilho da vida, mas era uma garota bonita que talvez pudesse conquistar muitas coisas. Uma vida desperdiçada que se esvaia pelos dedos, uma coisa que teria que acarregar consigo, parte de sua maldição.
-Eu não culpo o senhor, sir José, entendo que se sinta mal por ela. - Sid falou sorrindo meio dolorosamente, parecendo advinhar. - Sei que aboliu o sistema tentando evitar esse tipo de coisa, você não teria como prever isso.
Jacob se levantara e e tirara a mão que José usava para esconder seu rosto. O chileno sorriu triste, os olhos marejando.
-Sua mãe vai querer me matar...
-Eu nem vou falar nada, só distraí-la. Foi o que o Fried disse, distrair os pensamentos. - Jacob sorriu feito um idiota.
José se levantou, fechando os olhos com força e piscando diversas vezes até aquelas lágrimas resolvessem se dissipar. Estava sentado normalmente no puff agora.
-Você tem onde ficar, imagino que esteja estudando.
-Os anciões estão pagando um hotel bom e me matricularam no colégio que o Jacob estuda. Sei que vão para a cerimônia de posse e devem retornar.
-Eu admito que não me sinto preparado para isso. - resmungou Jacob. E ele se recusaria de todo modo abandonar Toulousse, ficar longe dos amigos, longe de irritar François ou de poder ouvir Ginko falar alguma coisa para enfiar neurônios em sua cabeça oca.
-Certo, amanhã nos vemos no colégio, jovem senhor.
-Não em chama assim, dessa forma eu pareço um velho gagá. E nem ameace papai outra vez.
Sid já ia se levantando e sorriu estendendo a mão direita para Jacob, gesto que o vampiro retribuiu, apertando com força a mão do caçador.
-Tudo bem então. Amanhã no colégio e o inicio dos treinos.
Jacob estava furioso demais para captar algumas palavras, mas aquele estranho ter dito que havia envenenado seu velho era demais. Só poderia contar com seus punhos e seu elemento, mas ele sempre detestava ter que usar algo como isso. Mexer com o espírito não era algo bom, muito menos se estava furioso.
-E então, filhote de dentuço? O que vai ser? - o loiro girou o cabo da espada, deixando melhor visualizado que era uma katana modificada, posicionando-se melhor. - Vai deixar o papai aí virar cinzas?
-Eu vou matar você, seu porco! - rosnou Jacob, avançando de novo contra o invasor, almejando fincar suas garras no pescoço do caçador ali. Ao que o outro novamente se esquivou, mas durante o mesmo, executou um golpe discreto com a arma, cortando superficialmente sua pele, da divisa entre o peito e o abdômen, direcionando ao ombro direito do garoto.
Jacob sentiu o cheiro do próprio sangue, se sentindo zonzo pelo aroma e pelo ódio cego, Sabia que se não derrotasse logo, seu pai morreria ou ele mesmo morreria pois não conseguiria mais se controlar por completo.
-Mas nem ferrando vou me rebaixar a um moleque como você. - gracejou o loiro, rindo ironicamente do estado de Jacob, ajoelhado no chão, parecendo confuso. - Você é muito lerdo, pirralho.
Jacob não estava lá com muita paciencia, usando o seu próprio sangue para escorregar e ganhar velocidade, mas ao chegar do loiro se agachou, pretendendo dar uma rasteira, mas o invasor era mais rapido, racional e esperto, ficando a ponta da espada nas costas, proximo ao outro ombro, fazendo o jovem vampiro urrar de dor, não era uma lâmina comum, definitivamente.
-Isso é tudo? Não acredito que da união de um ex-caçador e uma sangue-puro sairia um inutil como você!
Se movia com dificuldade, mas ele agarrou a perna do garoto com força e o puxou, fazendo o loiro cair ao chão, Jacob pegou no cabo, sentindo as ondas elétricas da arma rejeitando seu toque e jogando a espada para outro canto do cômodo.
Agora o vampiro estava por cima, literalmente, a mão esquerda fechando as garras no pescoço, penetrando um pouco, enquanto o loiro parecia se segurar para não berrar com a dor.
-Vai livrar meu pai desse veneno agora, seu maldito...! Ou pode ter certeza que faço seu sangue curar ele.
-Hã? Que bagunça é essa? Cheiro de sangue...? - a voz mole de José ecoou de leve no estúdio, e o ex-humano virou seu rosto para a cena, com uma cara de sono enorme. E então viu o filho todo ferido em cima de um humano desconhecido. - Não sabia que gostava dessa fruta...
Jacob parecia despertar do estado de furia e olhava o loiro que agora sorria amarelo.
-Você disse...
-Eu menti...
Ele olhava para o pai, para o intruso, e assim alternou por 5 vezes.
-EU TE MATO SEU FILHO DE UMA DESGRANHADA! - Jacob começou a gritar feito um louco, sendo segurado por José, que mesmo morrendo de sede ainda tinha algum controle.
-Por acaso você... é o tal Sid? - indagou José, com a cara mais inocente do mundo perante aquele momento.
-Sim, sou eu. Sid Fraker. Sou o caçador enviado. Desculpa a entrada repentina, mas eu queria testar o novo líder.
-TESTAR O CACETE! TU QUIS ME MATAR!
José então começou a sair arrastando como pode o filho:
-Desculpa, aê, já estou de volta...
Alguns minutos haviam passado, José acabou colocando um moletom e se sentou de qualquer modo no puff de couro, enquanto Jacob, de banho tomado e outra roupa surradona, estava sentando no chõa, encostando de leve o corpo no puff.
-Desculpa, cara. Mas não é nem um pouco divertido ver um loiro cabeludo com uma espada ameaçando o idiota do pai. - resmungou o adolescente, levando um pedala de José que olhou torto quando Jacob ergueu a cabeça.
-A fama de idiotice parece vir de familia...
-Você me lembra muito uma pessoa. - disse José, parecendo analisar o rapaz a frente. - Me lembra uma garota que me foi dada como noiva, Erika Galvéz. Sabe como ela está?
-A mamãe... Ela morreu.
Jacob ergueu o olhar para José e o que encontrou foi o mesmo parecendo surpreso, uma expressão semelhante ao luto e isso ficou claro quando ele abaixou os olhos e pendeu a cabeça sobre suas mãos, que estava apoiada nos joelhos.
-Entendo. Então de fato você é filho da Erika... Mas o que houve?
Sid fechou um pouco a expressão, mas o tom de voz dele era como se contasse algo trivial, por motivos que seriam claros:
-Depois que você aboliu o sistema das noivas, e que minha mãe falhou na missão com você, ela foi raptada por uns velhos conservadores que passaram anos torturando e abusando dela. - ele soltou um longo suspiro. - Infelizmente meu pai é um desses animais. Ela engravidou de mim e estava ficando louca, mas meu pai adotivo diz que ela conseguia se manter de pé por que eu estava nos braços dela. Mas me tiraram de perto e ela surtou de vez e acabou se matando quando eu tinha 2 anos.
Podia ser ouvido de José um suspiro lamentoso, enquanto o mesmo jogava o seu corpo para trás, escondendo o rosto. Sentia a culpa lhe cortar por inteiro, se soubesse do sistema das noivas antes poderia ter impedido toda essa tragédia com Erika. Não desgostava da garota, sentia pena, dó. Não queria que nada de mal acontecesse a ela. Não era uma garota de encher os olhos com o brilho da vida, mas era uma garota bonita que talvez pudesse conquistar muitas coisas. Uma vida desperdiçada que se esvaia pelos dedos, uma coisa que teria que acarregar consigo, parte de sua maldição.
-Eu não culpo o senhor, sir José, entendo que se sinta mal por ela. - Sid falou sorrindo meio dolorosamente, parecendo advinhar. - Sei que aboliu o sistema tentando evitar esse tipo de coisa, você não teria como prever isso.
Jacob se levantara e e tirara a mão que José usava para esconder seu rosto. O chileno sorriu triste, os olhos marejando.
-Sua mãe vai querer me matar...
-Eu nem vou falar nada, só distraí-la. Foi o que o Fried disse, distrair os pensamentos. - Jacob sorriu feito um idiota.
José se levantou, fechando os olhos com força e piscando diversas vezes até aquelas lágrimas resolvessem se dissipar. Estava sentado normalmente no puff agora.
-Você tem onde ficar, imagino que esteja estudando.
-Os anciões estão pagando um hotel bom e me matricularam no colégio que o Jacob estuda. Sei que vão para a cerimônia de posse e devem retornar.
-Eu admito que não me sinto preparado para isso. - resmungou Jacob. E ele se recusaria de todo modo abandonar Toulousse, ficar longe dos amigos, longe de irritar François ou de poder ouvir Ginko falar alguma coisa para enfiar neurônios em sua cabeça oca.
-Certo, amanhã nos vemos no colégio, jovem senhor.
-Não em chama assim, dessa forma eu pareço um velho gagá. E nem ameace papai outra vez.
Sid já ia se levantando e sorriu estendendo a mão direita para Jacob, gesto que o vampiro retribuiu, apertando com força a mão do caçador.
-Tudo bem então. Amanhã no colégio e o inicio dos treinos.
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Re: Veneran el nuevo líder. Yo! - Aventura, Comédia, Pitadas de romance xD
ACT 4 - Viagem
Como sempre a frondosa figueira. François respirou profundamente, e falou surpreso:
-Um humano! Um caçador! Ele é nosso novo membro?
Jacob assentiu com a cabeça, se sentando displicente na grama. Ginko já estava sentada, encostada na árvore. Ela andava mais fraca que o normal, mesmo ele a alimentando escondida dos pais dela. Até quando a familia dela estaria nos rituais, forçando até o ultimo a garota? Jacob observava a menina de olhos fechados e semblante suave.
É claro que François passou a observar que o amigo começou a ignorar um pouco as outras meninas que ficavam observando o jovem. Ele sempre ia lá, beijava algumas garotas e outras tinha oportunidades mais profundas. O loiro só tinha sorte de ser cantado por que a beleza vampirica o ajudava, por que de resto, as garotas costumavam ignorar.
-O nome dele é Sid Franker, ele é... amigo do papai. - Jacob olhou o caçador de longos cabelos loiros, que sorria amigavelmente.
Friederick estendeu a mão ao caçador e retribuiu o sorriso. François também estendeu a mão, mas fez um forçado ar de arrogante. Jacob tirou do bolso um pirulito de chocolate e colocou na mão de Ginko, que tinha apagado e se levantou.
-Ei, meninas lindas! - acenou para um grupo ali perto, deixando Sid confuso e aturdido. O caçador ficou observando a cena, ele parecia conversar com as três meninas, mas logo puxou uma e começou um longo beijo, as mãos um pouco mais baixas que o correto. As outras que não haviam sido beijadas começaram a reclamar.
-Ah, até que ele andou se contendo um pouco. - suspirou Fried, só observando, apesar do mesmo ter suas admiradoras. - Ele vive se atracando com as alunas do colégio. Minha irmã já cansou de dar coça nele.
Jacob logo começou a se alternar e as três começaram a correr para algum canto, puxando o garoto, que tinha um sorriso malicioso nos lábios. Certamente terias uns minutos de aula de anatomia com as 3 humanas.
-Enquanto ele pega de 3 a mais, eu tenho que me contentar com 1 e olha lá. - resmungou François.
Sid olhou feio para os vampiros que entenderam perfeitamente o que ele quis dizer com o olhar.
-Não, eles não mordem ninguém. - disse Fried, num tom solene. - É só beijos e... aquilo, se me entende.
Sid corou um pouco, constrangido com o assunto. Jacob já não estava ali mais e então olhou a vampira que tirava um cochilo.
-Mas acho que logo a farra dele vai acabar. - Fried também olhou Ginko, e pras mãos, que tinham o pirulito dado por Jacob. Ele passou a andar, se despedindo e indo para o campus da faculdade. Havia um sorriso meio ironico no rosto do sangue-puro, ah, como ler mentes era bom!
Véspera da viagem para a Romênia
Sid estava vestindo um sobretudo de cor creme, segurando uma maleta com as mãos. Ele sorria amigavel para a familia Lugano, que se encontravam na porta.
-Sinto muito por qualquer coisa. Eu terei de ir antes para preparar algumas coisas, agora que sir José está nesse... han... estado... Teremos que criar bem mais exceções na barreira mágica anti-vampiros e nas armadilhas de chão.
José por dentro não estava contente com a idéia de pisar na sede do clã mais uma vez, porém agora que se aposentaria do trono, ele ganharia nova função dentro do mesmo, como um dos anciões, grupo de veteranos que formavam o conselho. Helena não estava gostando, mas sabia que era o que devia ser feito. Seria a primeira vez dela dentro do clã e sentia uma certa insegurança em relação a isso.
Jacob agia como se estivesse anestesiado, botando na cabeça que aquilo era um sonho ou algo do tipo. Cumprimentou o novo amigo com um sorriso maroto:
-Vai na fé, véi! não esquecesse de deixar tudo pronto.
-Não sou idiota como você demonstra ser. - os pensamentos dos dias de “pegada” do novo amigo passaram na memória e Helena, lendo aquilo, deu uma doce fuzilada com os olhos em Jacob.
No dia seguinte, já no aeroporto, José, Helena, jacob e Friederick já estavam na sala de embarque. Fried decidira ir para conhecer e sob desculpa de representar os Dimedenko, o “primeiro aliado vampírico do clã Pierdut”, conhecer algo novo e viajar. A faculdade estava bem cansativa.
Jacob tinha enfiado dois pirulitos na bota, todos de uva, enquanto rabiscava no caderno, acompanhado de uma bolsa onde guardava todos os principais materiais de desenho e suas recém-chegadas Copic. Estava doido para testá-las e desenhar era sua distração e relaxamento.
José estava com o player tocando músicas de sua banda e Helena folheava um livro de aspecto antigo, um romance escrito próximo ao século 19. O ex-caçador observava o filho, tão parecido com ele, com a idade que ele tinha conhecido Helena. Suas mãos buscaram as de Helena, ele também se sentia inseguro com o futuro do herdeiro. O toque das mãos dela traziam lembrança dos ultimos anos como um humano, o caçador lendário e poderoso que podia-se pintar o líder do clã Pierdut Lumina. Segurar as mãos dela era a um coisa tão boa, tão reconfortante...
Helena jogou seu corpo de leve, encostando em José, sem tirar os olhos da leitura.Sabia que estar próxima a ele, de um modo manhosamente humano o deixava mais seguro. José passou o braço por trás da esposa e a puxou mais para si.
-Fried... - murmurou Jacob sem parar o que fazia e sabia que o tio continuava olhando para a frente, num to de tédio, vendo o movimento do terminal. - Acho que um dia vou escrever a história deles.
-Alguma idéia mais sensata! - riu-se o sangue-puro. - Melhor que peixes voadores do tempo.
Jacob trocou o lápis pelas canetas de nanquim (usar pena iria dar trabalho a toa num avião/aeroporto), passando a finalizar as linhas do desenho.
-Só vai soar mangá de menininha.
Jacob o olhou torto, pensando que iria mudar nome e outras coisas, transformando num grande shonen com batalhas. Fried riu de novo, mais um pouco alto.
-Minha irmã não vai gostar muito da idéia de ser a donzela indefesa. Você sabe, ela desceu bons golpes no seu pai já.
Jacob segurou o riso. Conhecia a história bem e certamente, era um começo ridiculo, mas bem a cara de seu pai. O desenho era justamente baseado na foto da turma da classe do primeiro ano de Academia Cross, com José e Alice na mesma fotografia, distantes, mas num segredo que unia ele a Helena, dentro da oriental.
A chamada do vôo demorou, e Jacob correu para recolher seu material. Tinha chego a hora.
(o próximo é mais wow! por isso esse eh curtinho xD)
Como sempre a frondosa figueira. François respirou profundamente, e falou surpreso:
-Um humano! Um caçador! Ele é nosso novo membro?
Jacob assentiu com a cabeça, se sentando displicente na grama. Ginko já estava sentada, encostada na árvore. Ela andava mais fraca que o normal, mesmo ele a alimentando escondida dos pais dela. Até quando a familia dela estaria nos rituais, forçando até o ultimo a garota? Jacob observava a menina de olhos fechados e semblante suave.
É claro que François passou a observar que o amigo começou a ignorar um pouco as outras meninas que ficavam observando o jovem. Ele sempre ia lá, beijava algumas garotas e outras tinha oportunidades mais profundas. O loiro só tinha sorte de ser cantado por que a beleza vampirica o ajudava, por que de resto, as garotas costumavam ignorar.
-O nome dele é Sid Franker, ele é... amigo do papai. - Jacob olhou o caçador de longos cabelos loiros, que sorria amigavelmente.
Friederick estendeu a mão ao caçador e retribuiu o sorriso. François também estendeu a mão, mas fez um forçado ar de arrogante. Jacob tirou do bolso um pirulito de chocolate e colocou na mão de Ginko, que tinha apagado e se levantou.
-Ei, meninas lindas! - acenou para um grupo ali perto, deixando Sid confuso e aturdido. O caçador ficou observando a cena, ele parecia conversar com as três meninas, mas logo puxou uma e começou um longo beijo, as mãos um pouco mais baixas que o correto. As outras que não haviam sido beijadas começaram a reclamar.
-Ah, até que ele andou se contendo um pouco. - suspirou Fried, só observando, apesar do mesmo ter suas admiradoras. - Ele vive se atracando com as alunas do colégio. Minha irmã já cansou de dar coça nele.
Jacob logo começou a se alternar e as três começaram a correr para algum canto, puxando o garoto, que tinha um sorriso malicioso nos lábios. Certamente terias uns minutos de aula de anatomia com as 3 humanas.
-Enquanto ele pega de 3 a mais, eu tenho que me contentar com 1 e olha lá. - resmungou François.
Sid olhou feio para os vampiros que entenderam perfeitamente o que ele quis dizer com o olhar.
-Não, eles não mordem ninguém. - disse Fried, num tom solene. - É só beijos e... aquilo, se me entende.
Sid corou um pouco, constrangido com o assunto. Jacob já não estava ali mais e então olhou a vampira que tirava um cochilo.
-Mas acho que logo a farra dele vai acabar. - Fried também olhou Ginko, e pras mãos, que tinham o pirulito dado por Jacob. Ele passou a andar, se despedindo e indo para o campus da faculdade. Havia um sorriso meio ironico no rosto do sangue-puro, ah, como ler mentes era bom!
Véspera da viagem para a Romênia
Sid estava vestindo um sobretudo de cor creme, segurando uma maleta com as mãos. Ele sorria amigavel para a familia Lugano, que se encontravam na porta.
-Sinto muito por qualquer coisa. Eu terei de ir antes para preparar algumas coisas, agora que sir José está nesse... han... estado... Teremos que criar bem mais exceções na barreira mágica anti-vampiros e nas armadilhas de chão.
José por dentro não estava contente com a idéia de pisar na sede do clã mais uma vez, porém agora que se aposentaria do trono, ele ganharia nova função dentro do mesmo, como um dos anciões, grupo de veteranos que formavam o conselho. Helena não estava gostando, mas sabia que era o que devia ser feito. Seria a primeira vez dela dentro do clã e sentia uma certa insegurança em relação a isso.
Jacob agia como se estivesse anestesiado, botando na cabeça que aquilo era um sonho ou algo do tipo. Cumprimentou o novo amigo com um sorriso maroto:
-Vai na fé, véi! não esquecesse de deixar tudo pronto.
-Não sou idiota como você demonstra ser. - os pensamentos dos dias de “pegada” do novo amigo passaram na memória e Helena, lendo aquilo, deu uma doce fuzilada com os olhos em Jacob.
No dia seguinte, já no aeroporto, José, Helena, jacob e Friederick já estavam na sala de embarque. Fried decidira ir para conhecer e sob desculpa de representar os Dimedenko, o “primeiro aliado vampírico do clã Pierdut”, conhecer algo novo e viajar. A faculdade estava bem cansativa.
Jacob tinha enfiado dois pirulitos na bota, todos de uva, enquanto rabiscava no caderno, acompanhado de uma bolsa onde guardava todos os principais materiais de desenho e suas recém-chegadas Copic. Estava doido para testá-las e desenhar era sua distração e relaxamento.
José estava com o player tocando músicas de sua banda e Helena folheava um livro de aspecto antigo, um romance escrito próximo ao século 19. O ex-caçador observava o filho, tão parecido com ele, com a idade que ele tinha conhecido Helena. Suas mãos buscaram as de Helena, ele também se sentia inseguro com o futuro do herdeiro. O toque das mãos dela traziam lembrança dos ultimos anos como um humano, o caçador lendário e poderoso que podia-se pintar o líder do clã Pierdut Lumina. Segurar as mãos dela era a um coisa tão boa, tão reconfortante...
Helena jogou seu corpo de leve, encostando em José, sem tirar os olhos da leitura.Sabia que estar próxima a ele, de um modo manhosamente humano o deixava mais seguro. José passou o braço por trás da esposa e a puxou mais para si.
-Fried... - murmurou Jacob sem parar o que fazia e sabia que o tio continuava olhando para a frente, num to de tédio, vendo o movimento do terminal. - Acho que um dia vou escrever a história deles.
-Alguma idéia mais sensata! - riu-se o sangue-puro. - Melhor que peixes voadores do tempo.
Jacob trocou o lápis pelas canetas de nanquim (usar pena iria dar trabalho a toa num avião/aeroporto), passando a finalizar as linhas do desenho.
-Só vai soar mangá de menininha.
Jacob o olhou torto, pensando que iria mudar nome e outras coisas, transformando num grande shonen com batalhas. Fried riu de novo, mais um pouco alto.
-Minha irmã não vai gostar muito da idéia de ser a donzela indefesa. Você sabe, ela desceu bons golpes no seu pai já.
Jacob segurou o riso. Conhecia a história bem e certamente, era um começo ridiculo, mas bem a cara de seu pai. O desenho era justamente baseado na foto da turma da classe do primeiro ano de Academia Cross, com José e Alice na mesma fotografia, distantes, mas num segredo que unia ele a Helena, dentro da oriental.
A chamada do vôo demorou, e Jacob correu para recolher seu material. Tinha chego a hora.
(o próximo é mais wow! por isso esse eh curtinho xD)
Arisu- Mensagens : 165
Data de inscrição : 19/03/2012
Idade : 34
Localização : No kokoro do Rosh ♥
Re: Veneran el nuevo líder. Yo! - Aventura, Comédia, Pitadas de romance xD
ACT 5 - O novo líder chegou!
A sede do clã ficava um pouco afastada do centro urbano, cerca de 1h de viagem. Jacob estava ansioso e irritado pelo tédio. Um mistura não muito animadora. Friederick estava lendo um livro grosso, mas de confecção moderna, possivelmente um livro de faculdade. Era o próprio José quem dirigia, algo raro, pois ele gostava de andar a pé.
O carro era alugado mesmo, de cor cinza, modelo mais barato do que os carros que a familia costumava ter. Mas era bem confortável e novo. Jacob sugava lentamente o refrigerante que compraram no aeroporto, o que tinha sobrado do lanche no McDonalds, enquanto José ia retirar o carro já previamente alugado.
O fato é que, apesar do tédio a paisagem era linda. E não demorou muito para avistarem um castelo medieval, perdido na paisagem. Do lado de fora uma caixa metálica.
-Gerador? - murmurou Jacob, analisando a estrutura ao longe.
-É o meio de ter energia elétrica no clã. - disse José, um tom de voz mais seco e sério. Não era preciso dizer muito, ali era a sede dos Pierdut Lumina.
Mesmo com o castelo em vista, José ainda teve que dirigir mais alguns bons minutos até o carro ficar de frente ao portão. Ele deu alguns toques na buzina e desceu do carro. Um vigia a principio ficou pronto a atirar ao sentir a energia de vampiros, mas abaixou a arma quando José liberou a Gaé Bolg e entendeu que ali se encontrava o ainda líder, parecendo embasbascado ao vê-lo como um vampiro agora.
-O que está esperando? Mande abrir esse portão, incompetente! - berrou José, parecendo muito mal-humorado. - Ou não viu a lança na minha mão? É um ordem!
José guardou a lança na forma de guarda-chuva mais uma vez e entrou no carro, engatando a marcha, apenas esperando que abrissem o portão. Helena o olhou, era muito dificil ver José tenso, sério e até mal-humorado. Aliás, todos ali estranharam o jeito do ex-caçador. Logo o portão se abriu e o carro entrou suavemente para dentro das dependencias.
O local era enorme, uma verdadeira vila ou cidade dentro da fortaleza. Parecia que pessoas do clã todo ao redor do mundo vieram prestigiar o novo líder, mesmo no fundo, estando a odiar que o mesmo fosse um vampiro.
-Os Pierdut são bem mais preconceituosos do que possa imaginar, Jay... - José avisou o filho, nada que ele não imaginasse. Sid era um caso a parte.
O chileno estacionou o carro num lugar mais tranquilo, e logo um dos anciões vieram receber a família. Ancião era modo de dizer, pois o homem aparentava estar na casa dos 40 anos. Logo atrás, Sid, com um sorriso sincero e amável. O homem pegou a mão de José e beijou respeitosamente.
Jacob observava seu pai frio e distante, algo que jamais imaginara nele. Tentava decifrar se era para impor respeito ou seu desgosto em estar ali.
-Seja bem vindo, sir José... - disse o homem, em um tom rouco. O ainda líder apenas olhou com altivez, o rosto tranco numa indiferença que Jacob só vira em Helena. Era estranho demais ver isso. Nada respondeu. Sid começou a guia-los, mostrando a sede em detalhes, enquanto o ancião ordenou alguns caçadores cuidarem das malas.
Quem visse de fora, pensaria que poderia se tratar de uma familia de vampiros visitantes. Jacob parecia ainda um pouco relaxado, mas buscava imitar a atitude dos pais. Bem, olhar belas moças ali parecia algo muito divertido. Será que ainda ocultavam noivas? Ele deixou escapar um sorriso bobo, recebendo de Fried um tapa atrás da cabeça.
-Como assim? Então é isso?! - François resmungava com Ginko, ambos no terraço da escola. - Ele é líder do clã Pierdut Lumina, aquele mulherengo, burro e imbecil?
-Acho lindo a forma dos homens dizerem que amam seus melhores amigos... - suspirou a vampira, de braços cruzados. - E Jacob ainda não é o líder, irá se tornar dentro dessas horas. O senhor José ainda é o líder.
-Por isso o Jay usava armas.... - sussurrou num pensamento alto o vampiro tecnopata. - Por que ele não chamou a gente pra ver isso? Véi, que traíra!
François se levantou. Ele tinha sentado pra escutar Ginko falar. Seu rosto estava sério e duro e os olhos ganhando uma tonalidade prateada.
-Se ele acha que só aquele metidinho do Friederich Gustav Dimedenko pode ver o nosso Jay subir ao trono de um clã... - suas mãos se ergueram, os olhos se fecharam, ele parecia se concentrar em algo. Um carro, com o mais potente motor que estive na sua área de alcance.
-Fran, o que você tá fazendo?!
Ele sorriu, triunfante. Achou um carro de corrida ali parado e com tecnologia de ponta:
-Preparando um meio de transporte muito bom pra irmos à Romênia.
Logo Ginko viu as peças de uma Ferrari flutuando na cabeça deles, se encaixando de forma que o carro ganhou ares de jato. Ela estava apavorada, François usando seus poderes de forma errada.
François ainda tinha o brilho prateado nos olhos, estava controlando ainda a sustentação até ele baixar no terraço.
-Quando chegarmos no território romeno, você vai controlar por alguns segundos, só o tempo de eu localizar o celular do Jacob. - ele abriu uma das portas para Ginko entrar. - A gente sabe que no fundo você também quer ir ver a posse do nosso imbecil.
Ginko não disse nada, era verdade aquilo, ela queria ver. Seu rosto corou de leve e ela entrou no veículo modificado e logo François se pôs no lugar do motorista.
-Rumo ao clã Pierdut!
A família não foi tão logo para o quarto. Haviam algumas solenidades e festas antes. Era quase como um circo medieval, os 4 sentados em confortáveis cadeiras num palco e logo atrás, os anciões sentados.
Helena parecia, de fato, uma rainha, as longas madeixas douradas descrevendo o contorno da cadeira, e seu vestido de rendas e flores. Fried seguia a fina educação de um sangue-puro, mesmo que no fundo estivesse entediado. José, observava tudo com uma arrogância anormal a ele, fora que já estava acostumado em ver aquilo sempre que tinha de ir a sede quando jovem, o queixo apoiado na mão, e o cotovelo do braço correspondente estava apoiado na madeira escura do apoio.
Jacob estava largado, o único não fingindo o tédio que sentia. Queria estar desenhando e não ouvindo a música de ares meio célticos. Talvez o único bônus daquilo tudo era ver lindas garotas saltando e girando, se bem que o foco do olhar dele nelas era outro balançar vistoso, na altura do coração.
-Isso ainda vai durar quanto tempo? - ele resmungou para José, que no fundo queria puxar a orelha do filho por agir daquela forma tão..... displicente.
-Acredito que umas 2 horas. Certamente as crianças vão representar o nascimento de Gaé Bolg e histórias de Van Hellsing. - ele suspirou, o tom de voz linear. Ele aprendera a fechar os ouvidos para as apresentações e ouvir os sussurros dos anciões. E agora que era um vampiro, tudo ficava ainda mais fácil de ouvir.
Logo algo chamou a atenção de Jacob: alguns caçadores começaram a falar algo entre si, seus rostos sérios denunciavam algo grave e começaram a correr para o lado do grande portão, por onde entraram. Suas sombrancelhas desenharam um ar sério, inclinando-se para baixo. E um cheiro... na verdade dois muito conhecidos.
-Mas... que diabos...?
Jacob se lançou para frente, para a surpresa de Helena e José. Este último quebrou sua máscara de arrogância e frieza, dando lugar a surpresa e uma vontade de puxar o rebento de volta ao lugar, mas era tarde.
Enquanto Jacob interrompia a festa com seu estranho rompante, a José sobrou apenas berrar com o filho, que se recusava a ouvir o chamado do pai e suas ordens.
Ele corria frenéticamente para o fundo, enquanto a multidão o olhava correr, sem entender ou saber o que fazer.
François tinha sido descuidado, ou não. Ele tentara rastrear armadilhas, mas armadilhas mágicas não eram pertinentes ao tecnologia. E agora estava ele e Ginko tendo suas energias drenadas por um campo composto por 5 estacas, que surgiram no momento em que eles pisaram ao solo da fortaleza.
Os caçadores estava ali, parecendo esperar a oportunidade de atacá-los, Ginko não durara muito tempo, e desmaiara, mas François utilizou o próprio carro modificado, criando armas, prontas para atacar, mas sentia que logo não seria capaz de se segurar.
-Merda... - resmungou, sentindo o suor escorrer.
Os caçadores do clã pareciam sorrir, se deleitando sádicamente com a cena. Mas pararam de sorrir, quando viram algo invisivel atingir uma das estacas, fazendo-a voar longe. Logo atrás um Jacob respirando de forma apressada, o braço direito fechado como um soco e o anel que costumava usar parecer brilhando. François só tinha visto o amigo com o anel brilhar uma vez, sabia que era o garoto usando seu elemento, o mesmo herdado de Helena, criando armas com os espíritos do lugar.
Ele não era capaz de ver, mas sabia que era uma espécie de pistola. Jacob estava furioso com os caçadores, que logo desfizeram o ar de prazer para apreensão.
-Jovem senhor, esses vampiros invadiram. Apenas cumpriamos com nosso dever.
-Vocês... Saem matando a torto e direito...? - ele resmungou, a voz rasgada de raiva. - Se matassem eles... Eu arrancaria a cabeça de cada um de vocês!
-Senhor...! São vampiros invasores...
-São meus amigos! Trate de ajudar eles a caminharem, nem que vocês tenham de dar seus sangues para recuperarem a saúde deles! Anda!
Jacob por si próprio desfizera a técnica e se abaixou, tomando Ginko nos braços. Tomava todo o cuidado do mundo, seu olhar carinhoso denunciando o grande apreço que tinha pela menina. Os caçadores apoiaram François no momento que ele perdeu as forças ao desabilitar seus poderes, fazendo as peças do automóvel cairem no chão.
Jay prendeu Ginko a si com mais força, sua bochecha roçando na testa da menina desmaiada e logo alcançou a área onde estava a multidão, que parecia olhar com asco Jacob carregando a vampira. Então José e Helena entenderam o por que do garoto ter saído correndo daquele jeito. Fried começou a rir, baixo.
Logo Jacob subiu ao palco com um salto.
-Estão vendo essa garota? E aquele rapaz sendo apoiado por aqueles caras? - ele berrou, para se fazer ouvir. - Estão proibidos de levantar a mão contra eles. Se alguém do nosso clã fizer mais algum mal, eu pessoalmente irei punir quem fez isso!
José soltou um sorriso discreto. Via em Jacob que apesar do ar mais desorganizado que demonstrava, era capaz de se impor mais do que ele. Ele ficou quieto apenas ouvindos os burburinhos dos membros e dos anciões. Seu filho era definitivamente o líder ideal, mais qualificado que ele fora.
A sede do clã ficava um pouco afastada do centro urbano, cerca de 1h de viagem. Jacob estava ansioso e irritado pelo tédio. Um mistura não muito animadora. Friederick estava lendo um livro grosso, mas de confecção moderna, possivelmente um livro de faculdade. Era o próprio José quem dirigia, algo raro, pois ele gostava de andar a pé.
O carro era alugado mesmo, de cor cinza, modelo mais barato do que os carros que a familia costumava ter. Mas era bem confortável e novo. Jacob sugava lentamente o refrigerante que compraram no aeroporto, o que tinha sobrado do lanche no McDonalds, enquanto José ia retirar o carro já previamente alugado.
O fato é que, apesar do tédio a paisagem era linda. E não demorou muito para avistarem um castelo medieval, perdido na paisagem. Do lado de fora uma caixa metálica.
-Gerador? - murmurou Jacob, analisando a estrutura ao longe.
-É o meio de ter energia elétrica no clã. - disse José, um tom de voz mais seco e sério. Não era preciso dizer muito, ali era a sede dos Pierdut Lumina.
Mesmo com o castelo em vista, José ainda teve que dirigir mais alguns bons minutos até o carro ficar de frente ao portão. Ele deu alguns toques na buzina e desceu do carro. Um vigia a principio ficou pronto a atirar ao sentir a energia de vampiros, mas abaixou a arma quando José liberou a Gaé Bolg e entendeu que ali se encontrava o ainda líder, parecendo embasbascado ao vê-lo como um vampiro agora.
-O que está esperando? Mande abrir esse portão, incompetente! - berrou José, parecendo muito mal-humorado. - Ou não viu a lança na minha mão? É um ordem!
José guardou a lança na forma de guarda-chuva mais uma vez e entrou no carro, engatando a marcha, apenas esperando que abrissem o portão. Helena o olhou, era muito dificil ver José tenso, sério e até mal-humorado. Aliás, todos ali estranharam o jeito do ex-caçador. Logo o portão se abriu e o carro entrou suavemente para dentro das dependencias.
O local era enorme, uma verdadeira vila ou cidade dentro da fortaleza. Parecia que pessoas do clã todo ao redor do mundo vieram prestigiar o novo líder, mesmo no fundo, estando a odiar que o mesmo fosse um vampiro.
-Os Pierdut são bem mais preconceituosos do que possa imaginar, Jay... - José avisou o filho, nada que ele não imaginasse. Sid era um caso a parte.
O chileno estacionou o carro num lugar mais tranquilo, e logo um dos anciões vieram receber a família. Ancião era modo de dizer, pois o homem aparentava estar na casa dos 40 anos. Logo atrás, Sid, com um sorriso sincero e amável. O homem pegou a mão de José e beijou respeitosamente.
Jacob observava seu pai frio e distante, algo que jamais imaginara nele. Tentava decifrar se era para impor respeito ou seu desgosto em estar ali.
-Seja bem vindo, sir José... - disse o homem, em um tom rouco. O ainda líder apenas olhou com altivez, o rosto tranco numa indiferença que Jacob só vira em Helena. Era estranho demais ver isso. Nada respondeu. Sid começou a guia-los, mostrando a sede em detalhes, enquanto o ancião ordenou alguns caçadores cuidarem das malas.
Quem visse de fora, pensaria que poderia se tratar de uma familia de vampiros visitantes. Jacob parecia ainda um pouco relaxado, mas buscava imitar a atitude dos pais. Bem, olhar belas moças ali parecia algo muito divertido. Será que ainda ocultavam noivas? Ele deixou escapar um sorriso bobo, recebendo de Fried um tapa atrás da cabeça.
-Como assim? Então é isso?! - François resmungava com Ginko, ambos no terraço da escola. - Ele é líder do clã Pierdut Lumina, aquele mulherengo, burro e imbecil?
-Acho lindo a forma dos homens dizerem que amam seus melhores amigos... - suspirou a vampira, de braços cruzados. - E Jacob ainda não é o líder, irá se tornar dentro dessas horas. O senhor José ainda é o líder.
-Por isso o Jay usava armas.... - sussurrou num pensamento alto o vampiro tecnopata. - Por que ele não chamou a gente pra ver isso? Véi, que traíra!
François se levantou. Ele tinha sentado pra escutar Ginko falar. Seu rosto estava sério e duro e os olhos ganhando uma tonalidade prateada.
-Se ele acha que só aquele metidinho do Friederich Gustav Dimedenko pode ver o nosso Jay subir ao trono de um clã... - suas mãos se ergueram, os olhos se fecharam, ele parecia se concentrar em algo. Um carro, com o mais potente motor que estive na sua área de alcance.
-Fran, o que você tá fazendo?!
Ele sorriu, triunfante. Achou um carro de corrida ali parado e com tecnologia de ponta:
-Preparando um meio de transporte muito bom pra irmos à Romênia.
Logo Ginko viu as peças de uma Ferrari flutuando na cabeça deles, se encaixando de forma que o carro ganhou ares de jato. Ela estava apavorada, François usando seus poderes de forma errada.
François ainda tinha o brilho prateado nos olhos, estava controlando ainda a sustentação até ele baixar no terraço.
-Quando chegarmos no território romeno, você vai controlar por alguns segundos, só o tempo de eu localizar o celular do Jacob. - ele abriu uma das portas para Ginko entrar. - A gente sabe que no fundo você também quer ir ver a posse do nosso imbecil.
Ginko não disse nada, era verdade aquilo, ela queria ver. Seu rosto corou de leve e ela entrou no veículo modificado e logo François se pôs no lugar do motorista.
-Rumo ao clã Pierdut!
A família não foi tão logo para o quarto. Haviam algumas solenidades e festas antes. Era quase como um circo medieval, os 4 sentados em confortáveis cadeiras num palco e logo atrás, os anciões sentados.
Helena parecia, de fato, uma rainha, as longas madeixas douradas descrevendo o contorno da cadeira, e seu vestido de rendas e flores. Fried seguia a fina educação de um sangue-puro, mesmo que no fundo estivesse entediado. José, observava tudo com uma arrogância anormal a ele, fora que já estava acostumado em ver aquilo sempre que tinha de ir a sede quando jovem, o queixo apoiado na mão, e o cotovelo do braço correspondente estava apoiado na madeira escura do apoio.
Jacob estava largado, o único não fingindo o tédio que sentia. Queria estar desenhando e não ouvindo a música de ares meio célticos. Talvez o único bônus daquilo tudo era ver lindas garotas saltando e girando, se bem que o foco do olhar dele nelas era outro balançar vistoso, na altura do coração.
-Isso ainda vai durar quanto tempo? - ele resmungou para José, que no fundo queria puxar a orelha do filho por agir daquela forma tão..... displicente.
-Acredito que umas 2 horas. Certamente as crianças vão representar o nascimento de Gaé Bolg e histórias de Van Hellsing. - ele suspirou, o tom de voz linear. Ele aprendera a fechar os ouvidos para as apresentações e ouvir os sussurros dos anciões. E agora que era um vampiro, tudo ficava ainda mais fácil de ouvir.
Logo algo chamou a atenção de Jacob: alguns caçadores começaram a falar algo entre si, seus rostos sérios denunciavam algo grave e começaram a correr para o lado do grande portão, por onde entraram. Suas sombrancelhas desenharam um ar sério, inclinando-se para baixo. E um cheiro... na verdade dois muito conhecidos.
-Mas... que diabos...?
Jacob se lançou para frente, para a surpresa de Helena e José. Este último quebrou sua máscara de arrogância e frieza, dando lugar a surpresa e uma vontade de puxar o rebento de volta ao lugar, mas era tarde.
Enquanto Jacob interrompia a festa com seu estranho rompante, a José sobrou apenas berrar com o filho, que se recusava a ouvir o chamado do pai e suas ordens.
Ele corria frenéticamente para o fundo, enquanto a multidão o olhava correr, sem entender ou saber o que fazer.
François tinha sido descuidado, ou não. Ele tentara rastrear armadilhas, mas armadilhas mágicas não eram pertinentes ao tecnologia. E agora estava ele e Ginko tendo suas energias drenadas por um campo composto por 5 estacas, que surgiram no momento em que eles pisaram ao solo da fortaleza.
Os caçadores estava ali, parecendo esperar a oportunidade de atacá-los, Ginko não durara muito tempo, e desmaiara, mas François utilizou o próprio carro modificado, criando armas, prontas para atacar, mas sentia que logo não seria capaz de se segurar.
-Merda... - resmungou, sentindo o suor escorrer.
Os caçadores do clã pareciam sorrir, se deleitando sádicamente com a cena. Mas pararam de sorrir, quando viram algo invisivel atingir uma das estacas, fazendo-a voar longe. Logo atrás um Jacob respirando de forma apressada, o braço direito fechado como um soco e o anel que costumava usar parecer brilhando. François só tinha visto o amigo com o anel brilhar uma vez, sabia que era o garoto usando seu elemento, o mesmo herdado de Helena, criando armas com os espíritos do lugar.
Ele não era capaz de ver, mas sabia que era uma espécie de pistola. Jacob estava furioso com os caçadores, que logo desfizeram o ar de prazer para apreensão.
-Jovem senhor, esses vampiros invadiram. Apenas cumpriamos com nosso dever.
-Vocês... Saem matando a torto e direito...? - ele resmungou, a voz rasgada de raiva. - Se matassem eles... Eu arrancaria a cabeça de cada um de vocês!
-Senhor...! São vampiros invasores...
-São meus amigos! Trate de ajudar eles a caminharem, nem que vocês tenham de dar seus sangues para recuperarem a saúde deles! Anda!
Jacob por si próprio desfizera a técnica e se abaixou, tomando Ginko nos braços. Tomava todo o cuidado do mundo, seu olhar carinhoso denunciando o grande apreço que tinha pela menina. Os caçadores apoiaram François no momento que ele perdeu as forças ao desabilitar seus poderes, fazendo as peças do automóvel cairem no chão.
Jay prendeu Ginko a si com mais força, sua bochecha roçando na testa da menina desmaiada e logo alcançou a área onde estava a multidão, que parecia olhar com asco Jacob carregando a vampira. Então José e Helena entenderam o por que do garoto ter saído correndo daquele jeito. Fried começou a rir, baixo.
Logo Jacob subiu ao palco com um salto.
-Estão vendo essa garota? E aquele rapaz sendo apoiado por aqueles caras? - ele berrou, para se fazer ouvir. - Estão proibidos de levantar a mão contra eles. Se alguém do nosso clã fizer mais algum mal, eu pessoalmente irei punir quem fez isso!
José soltou um sorriso discreto. Via em Jacob que apesar do ar mais desorganizado que demonstrava, era capaz de se impor mais do que ele. Ele ficou quieto apenas ouvindos os burburinhos dos membros e dos anciões. Seu filho era definitivamente o líder ideal, mais qualificado que ele fora.
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Re: Veneran el nuevo líder. Yo! - Aventura, Comédia, Pitadas de romance xD
ACT 6 - Venerem ao novo líder! Jacob Lugano!
Havia um garoto que tinha consigo 3 pedras pessoas: um cristal, uma ametista e uma esmeralda. As pedras eram preciosas não só no nome, mas nos sentimentos do garoto. Por essas pedras, ele era capaz de travar batalhas, enfrentar tsunamis e furacões, de morrer.
Mas ainda sim, ele não via que uma delas tinha um destaque... Não via...
Ginko sentia uma cama confortável em suas costas e um cobertor gentil a envolvendo. Ela abriu os olhos, ainda se sentindo perdida, tentando lembrar o que tinha acontecido. Demorou, mas ela logo se lembrou que uma magia estava sugando a si própria, deixando-a mais fraca do que já andava estando.
Ela se sentou num sobressalto, já pensando em sair da cama correndo quando sentiu alguém a impedir. Era Jacob, seu olhos azuis que sempre estavam bobos e alegres, tinham uma seriedade anormal.
-Está tudo bem... Descanse... - a voz carinhosa e gentil contrastava com o rosto do garoto.
Ginko pareceu surpresa, mas obedeceu, se ajeitando de novo. Então Jacob cruzou as pernas em quatro, e começou a arrancar os sapatos e o casaco. Ele levantou a coberta grossa e se deitou junto da menina, a puxando pra si.
-Onde... estou?
-Na sede do clã Pierdut, no meu quarto. Até irmos embora, ele também será seu quarto. - Jacob a olhou nos olhos, um olhar carinhoso e gentil, como se esperaria do menino. - François e Fried estão dividindo o quarto.
-Isso é mal.
-Apenas quero garantir proteção ao François. Os dois gostam de se implicar, mas um protegeria o outro. François se faz de durão, mas a magia da armadilha o enfraqueceu demais. E eu estou cuidando de você.
Ginko silenciara mais uma vez seus sentimentos, contentando-se em suspirar e agradecer com um sorriso o carinho do jovem Lugano. Jacob a aninhou melhor, a envolvendo fortemente, fungando. O aroma da menina era tão bom, e tê-la salvo... A adrenalina do momento o apavorou deveras, mas ela estar ali...
-Beba... - ele murmurou baixinho. - Beba do meu sangue...
-Amanhã você precisa tá bem...
-Você está super debilitada... Não se preocupe. Qualquer coisa pego um daqueles imbecis que te zuaram e o uso de sopão.
Ginko abriu espaço para ter posição de morde-lo, lambendo-o e fincando as presas. Enquanto ela sugava dele, Jacob involuntariamente a apertava mais contra si, quase fincando suas unhas. Os olhos ficando vermelhos, e ele sem entender o por que de sentir sede assim nos ultimos tempos. Ele pressionava fortemente suas mandíbulas, mantendo-as fechadas, não poderia morde-la.
Então descontava toda essa sede tendo minutos de prazer com a menina, mas sentia que cada vez mais era impossível aquilo. Ele percorreu o corpo da menina, parecendo desesperado, procurando abrir caminho para que tudo fosse mais rápido.
Daquela vez sentia arder e muito a garganta. Logo que ela lambeu o ferimento, ele a pos contra a cama e a beijou, sentindo o sabor do seu próprio sangue e começando. E durante os momentos, ela percebeu.
-Seus olhos... estão vermelhos...
Jacob fechou eles, tentando controlar a cor vermelha, gemendo pela propria concentração e pelo prazer que circulava pelas suas veias. Sabia que era impossível, então logo que terminou, se deitou de bruços, ao lado de Ginko, o rosto virado contra ela, tentando se controlar para dormir.
No dia seguinte, todos estavam de pé. François estava ainda um pouco abatido, mas estava melhor. Era o desjejum, tradicionalmente humano. Jacob gostava muito de comidas humanas, talvez pelo forte gene humano em si.
E bem ao centro da grande mesa algo pareceu adoçar José em meio aquele lugar que mais o amargava: um grande pote de doce de leite. Ele esboçou um sorriso bem aberto e sincero e Helena, que apesar de saber que ele gostava daquele doce, não tinha visto a reação dele ainda.
Ela revirou os olhos, como ele podia gostar daquele doce de pobre? Jacob ficou curioso quanto aquilo e ao final de tudo, pai e filho tinham acabado com o pote todo, comendo na colher ou passando nos pães e torradas.
-Irmã... tem certeza que Jacob é seu filho? Ou ele acaso não é um gêmeo perdido do idiota do seu marido? - murmurou Fried num tom de deboche.
Ginko ficava admirando o relacionamento dos dois, Jacob e José. Ela não tinha algo tão bonito e sincero com seus pais. François comia a sua parte, suspirando e achando tão ridículo que pela primeira vez concordaria com Fried.
Jacob tinha um coração muito humano, talvez mais que qualquer outro humano. E Sid via da porta como o vampiro era, e o admirava sinceramente.
Jacob parou de rir, por conta de uma atrapalhada dupla dele e do pai e olhou para Ginko, de forma tão ou mais doce que o que tinha comido.
-Vocês acabaram com tudo... Que gosto tem?
O vampiro riu baixo e, aproveitando que a mãe estava dando alguma bronca no seu pai, beijou a garota rapidamente, mas intenso.
-Desculpe... Deu pra sentir?
Ginko riu, as bochechas levemente coradas. Aquele era o tímido sim da garota. Ao menos os dois pensaram que ninguém tinha visto, mas seu tio vira tudo. E novamente sorrira.
Era cair da tarde, no mesmo palco. José e Jacob vestiam roupas simples, pretas, apesar do mais velho estar com uma capa, como um magistrado. Ele tocou no ombro do filho, antes de entrar no palco e sorriu.
-Estou tendo uma oportunidade que meu pai e meu avô não tiveram... Estou feliz, mesmo que eu esteja preocupado.
Jacob abraçou o pai, com a mesma força e intensidade que ele o abraçava quando pequeno.
-Eu vou te orgulhar muito, papa... Como líder do clã e como pessoa...
Os dois se soltaram e José encostou sua testa ao do filho. Jacob ainda tinha mais um pouco para crescer, já estavam quase na mesma altura.
-Eu sei que vai, você tem um coração doce, viveu sem amarguras como eu. Tem muito mais humanidade que todo esse clã junto. - ele desencostou a testa e encarou o rebento. - Acima de tudo, você é você.
Então José saiu de perto, subindo as escadas para o palco, com ar sério e austero, carregando o guarda-chuva Gaé Bolg consigo. Logo em seguida entrou Jacob, tentando manter a pose, mas era visivel o nervosismo do adolescente.
José ergue o guarda-chuva próximo a si e murmurou para ele, de forma carinhosa:
-Obrigado por tudo... Desculpe se fui um péssimo dono para você. Ao menos minha missão eu cumpri. - suas mãos apertaram mais forte o objeto. - Cuide bem de meu filho, seu próximo dono.
Então José ergueu seu olhar para Jacob.
-Aprenda as palavras para liberar a Gaé Bolg, meu filho.
José ditou as palavras na lingua antiga da qual ela fora originada, a magia envolvendo a arma que saia da forma de guarda-chuva e assumia sua forma de lança devagar. Quando a transformação se completou, José esticou seu braço segurando a arma e encarou Jacob.
-Tome-a para ti, segure-a.
Jacob meio tímido e insegurou esticou devagar sua mão para segurar a arma do líder, o símbolo de coroa daquele clã. Ao tocar, sentiu o imenso calor que a arma tinha, e logo ela se iluminou.
José proferia mais algumas palavras na mesma lingua antiga, e Jacob estava assustado, como se algo grudasse sua mão no cabo da arma. Mas logo seu pai soltara a arma e a Lança iluminada parecia diminuir, diminuir até assumir sua nova forma de disfarce.
Gaé Bolg agora era uma caneta, uma pena com tampa. José riu pela primeira vez, já imaginava que a forma que a arma assumiria iria ser algo do tipo, algo que mesclasse a paixão de seu filho pelas artes. Então ele se ajoelhou e se curvou de leve.
-Vida longa ao novo líder, Jacob Lugano.
Logo todo o clã que assitia a cerimônia fez o mesmo gesto, ajoelhando-se e levemente se curvando. De um pequeno camarote, a familia assistia. Jacob se virou para o mesmo e sorriu ao seu olhar encontrar de Ginko. A menina o retribuiu e sorriu tão aberta e tão doce...
Logo os que estavam ajoelhados se levantaram e começou a festa de posse de Jacob Lugano, o novo líder do clã Pierdut Lumina.
[O proximo capitulo será um bônus curto. Só pra ajudar a dividir as fases, pois a primeira acabou. A segunda contará com um inimigo terrivel!]
Havia um garoto que tinha consigo 3 pedras pessoas: um cristal, uma ametista e uma esmeralda. As pedras eram preciosas não só no nome, mas nos sentimentos do garoto. Por essas pedras, ele era capaz de travar batalhas, enfrentar tsunamis e furacões, de morrer.
Mas ainda sim, ele não via que uma delas tinha um destaque... Não via...
Ginko sentia uma cama confortável em suas costas e um cobertor gentil a envolvendo. Ela abriu os olhos, ainda se sentindo perdida, tentando lembrar o que tinha acontecido. Demorou, mas ela logo se lembrou que uma magia estava sugando a si própria, deixando-a mais fraca do que já andava estando.
Ela se sentou num sobressalto, já pensando em sair da cama correndo quando sentiu alguém a impedir. Era Jacob, seu olhos azuis que sempre estavam bobos e alegres, tinham uma seriedade anormal.
-Está tudo bem... Descanse... - a voz carinhosa e gentil contrastava com o rosto do garoto.
Ginko pareceu surpresa, mas obedeceu, se ajeitando de novo. Então Jacob cruzou as pernas em quatro, e começou a arrancar os sapatos e o casaco. Ele levantou a coberta grossa e se deitou junto da menina, a puxando pra si.
-Onde... estou?
-Na sede do clã Pierdut, no meu quarto. Até irmos embora, ele também será seu quarto. - Jacob a olhou nos olhos, um olhar carinhoso e gentil, como se esperaria do menino. - François e Fried estão dividindo o quarto.
-Isso é mal.
-Apenas quero garantir proteção ao François. Os dois gostam de se implicar, mas um protegeria o outro. François se faz de durão, mas a magia da armadilha o enfraqueceu demais. E eu estou cuidando de você.
Ginko silenciara mais uma vez seus sentimentos, contentando-se em suspirar e agradecer com um sorriso o carinho do jovem Lugano. Jacob a aninhou melhor, a envolvendo fortemente, fungando. O aroma da menina era tão bom, e tê-la salvo... A adrenalina do momento o apavorou deveras, mas ela estar ali...
-Beba... - ele murmurou baixinho. - Beba do meu sangue...
-Amanhã você precisa tá bem...
-Você está super debilitada... Não se preocupe. Qualquer coisa pego um daqueles imbecis que te zuaram e o uso de sopão.
Ginko abriu espaço para ter posição de morde-lo, lambendo-o e fincando as presas. Enquanto ela sugava dele, Jacob involuntariamente a apertava mais contra si, quase fincando suas unhas. Os olhos ficando vermelhos, e ele sem entender o por que de sentir sede assim nos ultimos tempos. Ele pressionava fortemente suas mandíbulas, mantendo-as fechadas, não poderia morde-la.
Então descontava toda essa sede tendo minutos de prazer com a menina, mas sentia que cada vez mais era impossível aquilo. Ele percorreu o corpo da menina, parecendo desesperado, procurando abrir caminho para que tudo fosse mais rápido.
Daquela vez sentia arder e muito a garganta. Logo que ela lambeu o ferimento, ele a pos contra a cama e a beijou, sentindo o sabor do seu próprio sangue e começando. E durante os momentos, ela percebeu.
-Seus olhos... estão vermelhos...
Jacob fechou eles, tentando controlar a cor vermelha, gemendo pela propria concentração e pelo prazer que circulava pelas suas veias. Sabia que era impossível, então logo que terminou, se deitou de bruços, ao lado de Ginko, o rosto virado contra ela, tentando se controlar para dormir.
No dia seguinte, todos estavam de pé. François estava ainda um pouco abatido, mas estava melhor. Era o desjejum, tradicionalmente humano. Jacob gostava muito de comidas humanas, talvez pelo forte gene humano em si.
E bem ao centro da grande mesa algo pareceu adoçar José em meio aquele lugar que mais o amargava: um grande pote de doce de leite. Ele esboçou um sorriso bem aberto e sincero e Helena, que apesar de saber que ele gostava daquele doce, não tinha visto a reação dele ainda.
Ela revirou os olhos, como ele podia gostar daquele doce de pobre? Jacob ficou curioso quanto aquilo e ao final de tudo, pai e filho tinham acabado com o pote todo, comendo na colher ou passando nos pães e torradas.
-Irmã... tem certeza que Jacob é seu filho? Ou ele acaso não é um gêmeo perdido do idiota do seu marido? - murmurou Fried num tom de deboche.
Ginko ficava admirando o relacionamento dos dois, Jacob e José. Ela não tinha algo tão bonito e sincero com seus pais. François comia a sua parte, suspirando e achando tão ridículo que pela primeira vez concordaria com Fried.
Jacob tinha um coração muito humano, talvez mais que qualquer outro humano. E Sid via da porta como o vampiro era, e o admirava sinceramente.
Jacob parou de rir, por conta de uma atrapalhada dupla dele e do pai e olhou para Ginko, de forma tão ou mais doce que o que tinha comido.
-Vocês acabaram com tudo... Que gosto tem?
O vampiro riu baixo e, aproveitando que a mãe estava dando alguma bronca no seu pai, beijou a garota rapidamente, mas intenso.
-Desculpe... Deu pra sentir?
Ginko riu, as bochechas levemente coradas. Aquele era o tímido sim da garota. Ao menos os dois pensaram que ninguém tinha visto, mas seu tio vira tudo. E novamente sorrira.
Era cair da tarde, no mesmo palco. José e Jacob vestiam roupas simples, pretas, apesar do mais velho estar com uma capa, como um magistrado. Ele tocou no ombro do filho, antes de entrar no palco e sorriu.
-Estou tendo uma oportunidade que meu pai e meu avô não tiveram... Estou feliz, mesmo que eu esteja preocupado.
Jacob abraçou o pai, com a mesma força e intensidade que ele o abraçava quando pequeno.
-Eu vou te orgulhar muito, papa... Como líder do clã e como pessoa...
Os dois se soltaram e José encostou sua testa ao do filho. Jacob ainda tinha mais um pouco para crescer, já estavam quase na mesma altura.
-Eu sei que vai, você tem um coração doce, viveu sem amarguras como eu. Tem muito mais humanidade que todo esse clã junto. - ele desencostou a testa e encarou o rebento. - Acima de tudo, você é você.
Então José saiu de perto, subindo as escadas para o palco, com ar sério e austero, carregando o guarda-chuva Gaé Bolg consigo. Logo em seguida entrou Jacob, tentando manter a pose, mas era visivel o nervosismo do adolescente.
José ergue o guarda-chuva próximo a si e murmurou para ele, de forma carinhosa:
-Obrigado por tudo... Desculpe se fui um péssimo dono para você. Ao menos minha missão eu cumpri. - suas mãos apertaram mais forte o objeto. - Cuide bem de meu filho, seu próximo dono.
Então José ergueu seu olhar para Jacob.
-Aprenda as palavras para liberar a Gaé Bolg, meu filho.
José ditou as palavras na lingua antiga da qual ela fora originada, a magia envolvendo a arma que saia da forma de guarda-chuva e assumia sua forma de lança devagar. Quando a transformação se completou, José esticou seu braço segurando a arma e encarou Jacob.
-Tome-a para ti, segure-a.
Jacob meio tímido e insegurou esticou devagar sua mão para segurar a arma do líder, o símbolo de coroa daquele clã. Ao tocar, sentiu o imenso calor que a arma tinha, e logo ela se iluminou.
José proferia mais algumas palavras na mesma lingua antiga, e Jacob estava assustado, como se algo grudasse sua mão no cabo da arma. Mas logo seu pai soltara a arma e a Lança iluminada parecia diminuir, diminuir até assumir sua nova forma de disfarce.
Gaé Bolg agora era uma caneta, uma pena com tampa. José riu pela primeira vez, já imaginava que a forma que a arma assumiria iria ser algo do tipo, algo que mesclasse a paixão de seu filho pelas artes. Então ele se ajoelhou e se curvou de leve.
-Vida longa ao novo líder, Jacob Lugano.
Logo todo o clã que assitia a cerimônia fez o mesmo gesto, ajoelhando-se e levemente se curvando. De um pequeno camarote, a familia assistia. Jacob se virou para o mesmo e sorriu ao seu olhar encontrar de Ginko. A menina o retribuiu e sorriu tão aberta e tão doce...
Logo os que estavam ajoelhados se levantaram e começou a festa de posse de Jacob Lugano, o novo líder do clã Pierdut Lumina.
[O proximo capitulo será um bônus curto. Só pra ajudar a dividir as fases, pois a primeira acabou. A segunda contará com um inimigo terrivel!]
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Re: Veneran el nuevo líder. Yo! - Aventura, Comédia, Pitadas de romance xD
Bônus: Promessa idiota, mas vinda de quem mesmo?
Eu já estava aqui na França há 1 semana. Nada havia mudado drasticamente depois daqueles momentos. Eu havia teimado não repetir até o casamento, mais não era apenas isso.
Irremediavelmente eu caminhava para a eternidade. Não que isso me fosse ruim, de forma alguma, pois era a melhor forma de eu estar com ela, com minha amada. Mas eu era um caçador, bem, ainda sou. E eles não haviam sido reportados. Não só isso, eu sou o líder deles, do lendário clã perdido, os Pierdut Lumina.
-O senhor mal chegou e já vai, senhor José? - indagou o mordomo que empurrava o carrinho de chá. Era a hora que Helena tomava o seu chá.
-Serão apenas 2 dias no máximo. Tenho pendências a resolver.
Tomei o carrinho das mãos dele, e eu mesmo levei para Helena. Ela sorriu e eu também. Minha transformação em vampiro ia lenta por conta da minha genética de caçador, acredito eu. Eu via nos olhos dela que ela estava preocupada sobre isso.
-Querida... Vou me ausentar. Vou até meu clã...
Ela se entristeceu, parecia não gostar daquilo. Antes que ela disse alguma coisa, eu beijei seus lábios rapidamente.
-Eu tenho que resolver umas coisas, antes que eu me transforme por completo.
-Então ainda não ocorreu... - ela murmurou, tentando entender. - De fato, seu cheiro ainda está muito.... humano.
-Deve ser pela genética de caçador, talvez nosso organismo lute contra isso.
Bem, minha alma doia em passar pelo portão em direção ao aeroporto. Os problemas a serem resolvidos não eram muitos, e eu dizia também que só voltaria ali com o meu sucessor. Os anciões, claro, não pareceram satisfeitos, mas não seriam loucos de desafiarem o líder.
Durante a viagem de volta, fiz uma promessa, que e saberia que seria muito tola: eu não experimentaria o sabor do sangue de Helena até casarmos. Eu queria que até aquilo fosse especial.
E percebi isso quando um ferimento que ocorrera dentro do clã estava quase fechado em 2 dias. Lá havia feito o básico, como lavar e por um band-aid. E pouco antes de entrar no carro e voltar para casa, o curativo caiu e revelou apenas uma pequena linha boba. Não demoraria muito para minha garganta arder, implorar por sangue.
“Eu tenho que aguentar” - dizia para mim mesmo, como um mantra.
O casamento seria rápido, a paciência de anos havia sido consumida naquele dia em que nos reencontramos. Por sorte, as coisas na Europa podiam ser rápidas, muito mais rápidas que na América do Sul, ainda mais com uma certa “molhagem” de dinheiro.
Quando retornei, o mordomo me informou que Helena havia saído com uma das empregadas e Freya para verem o vestido de noiva.
-E o senhor? Já viu o terno e as jóias?
Bem... terno... eu devia ter algum na mala que eu trouxera, afinal, usei um num dos rastreamentos de Daniel, que parecia que ele iria numa festa chique ou algo assim. Aquele dia foi alarme falso. Terno de segunda mão, mas novo. Ou será que esqueci em Berlim?
Mas jóias... as alianças... Eu as tinha, eram dos meus pais. Estavam em poder da família que me criou. Foi o último lugar onde estive antes de procurar Helena, eu queria estar com as alianças.
Quando Helena retornou, não eram apenas a empregada e Freya. Kairen estava com elas. Eu não podia negar certo receio de frente ao meu sogro. Apesar da aparência jovem dele, dava para enxergar em seus olhos e em sua aura carregada os anos que vivera. Eu podia entender um pouco os vampiros agora, não apenas por que eu estava entrando para aquele mundo noturno, mas apenas por olhar Kairen.
Era uma conversa animada, chás e wisky. Freya me perguntou sobre o terno. No meio de tempo entre minha chegada e a deles eu tinha verificado a roupa. Estava lá, em ordem. Ela insistiu em ver, e foram ela e Kairen para o quarto meu e de Helena.
-É de segunda mão. Parece ter sido comprado as pressas! - resmungou a ruiva.
Dei de ombros, de forma tímida:
-Foi.
-Se pensa que vai casar com minha filha usando um trapo desses, tire o cavalhinho da chuva. - disse Kairen, num tom que eu não sabia se viria um rosnado ou uma gargalhada. Logo, parecendo como uma conexão estranha, meu sogro e sua jovem esposa falaram unissonos.
-Amanhã vamos comprar seu terno!
Senti meu rosto formigar, eu devia estar avermelhando de vergonha. Eu não era rico, nunca fora mesmo sendo o líder do clã, eu tinha grana suficiente para ter uma vida simples e confortável. Eu não poderia simplesmente aceitar, eu tinha meu próprio orgulho.
-Não está em posição de recusar. - resmungou Kairen.
-Não quando está duro, José. Sabemos que financeiramente não está bem. - completou Freya.
-E não vai casar com minha filha em trapos.
Que remédio tinha? E no dia seguinte lá foi eu e Kairen numa loja chique ver a roupa...
Faltavam 3 dias para o matrimônio. Foi durante meu banho noturno que senti.
Senti uma fraqueza súbita e uma pontada na garganta de princípio. Depois ela parecia arranhada, como ela costumava ficar quando pegava gripe. Arranhada, seca, pegando fogo. Eu sabia bem o que era aquilo.
Sai do box com movimentos vagarosos e tranquei a porta. Puxei um pequeno espelho que eu guardava num armarinho, que usava para fazer a barba (sim, eu buscava manter meus hábitos de pobretão e daí?) e retornei ao box. Tive a impressão que a água quente mantinha uma pequena e quase inútil sensação de alívio, mas a sede estava ali. E meus olhos? Eu pude ver claramente no reflexo o quão vermelhos estavam.
Eu esperava por aquilo, mesmo, mas ainda sim me assustei com o meu próprio reflexo, olhos bestiais. Eu achava incrível como ainda mantinha alguma consciência, talvez por ter bebido o sangue de Helena ainda humano.
Examinei minha boca, as presas já proeminentes, cresceram tão vagarosamente que pude me acostumar a elas facilmente. E de forma inconsciente.
Eu sabia que era inútil, mas não podia fraquejar, eu queria aguentar até o casamento. Eu tinha que aguentar e manter a promessa que fizera a mim mesmo.
Demorei mais que o normal, tanto que Helena bateu a porta. Eu sentia a sede, mas o susto das batidas me fizeram voltar ao normal.
-Está tudo bem? - ela perguntou do lado de fora. Eu reconheci o cheiro dela, mais forte e mais apetitoso, mas não tão diferente do que eu podia sentir quando a abraçava ainda humano.
-E... estou, Helena.
-Irei sair com Freya e Fried para ver umas coisas do buffet, já volto, tá? Está bem mesmo?
-Estou sim, não se preocupe.
Pensei em qualquer outra coisa idiota, eu sabia que ela iria vasculhar minha mente. Logo ela se afastou, e pude ouvir o carro lá fora se afastar. Agradeci. Ao menos por algum tempo, poderia me manter afastado dela, sem lhe causar perigo ou quebrar minha promessa.
Eu cai na cama cedo demais para o normal, ao menos até o dia seguinte, eu teria minha “fuga”.
Faltavam 2 dias para o evento. Eu acordei bem cedo e fiz algo que eu raramente fazia: dirigir. Avisei ao mordomo que queria conhecer cidade e redondezas, afinal, eu iria morar ali. Só conhecia o caminho do aeroporto e outras miudezas, mas não a cidade. Na verdade, eu só queria me manter afastado, enquanto a sede me açoitava cruelmente.
Vi meus olhos avermelharem várias vezes durante as horas que estive fora. Achei um bosque onde senti odores não humanos, mas quentes. Aquilo me era bom, não poderia ficar só na base de Helena para me alimentar. Só não saberia bem como caçar bichos para comer. Digo, beber sangue.
Retornei um tanto tarde, quase anoitecendo. Helena parecia preocupada e eu apenas sorri.
-Me perdi, desculpa. - foi minha resposta antes de subir para um banho.
Eu ainda não havia trancado a porta e senti alguém abri-la. Era Freya. Por sorte eu ainda estava vestido da cintura para baixo, sentado no chão frio do banheiro. Eu sabia que era Freya pelo cheiro delicado e a aura de sangue-puro. Só haveriam 2 daqueles cheiros ali em casa e eu conhecia bem demais o de Helena.
-Você já se transformou não é? - sua voz soava um tom de preocupação, mas um leve apelo maternal.
Eu não teria como mentir a Freya, não quando ela me flagrara daquele jeito mais frágil. Ergui minha cabeça e pude ver pelo reflexo no metal da maçaneta: meus olhos pediam sangue.
-Por que não diz a Helena? - ela entrou e fechou a porta. - Ela está preocupada, você se afastou dela ontem e hoje.
-Eu... Não quero saber do sangue dela... Não até o casamento... - eu suspirei, desviando meu olhar. - Minha transformação foi bem mais lenta que o normal, não sei o porque.... - falar era dificil com a garganta daquele jeito.
Então ela jogou algo para mim, uma caixinha.
-Se quer seguir com isso, sem as pastilhas, você não vai aguentar amanhã. Já acho uma vitória estar assim com tão pouco tempo. - senti ela estalar algo, talvez mexera o pescoço ou algo assim. - Não vai te nutrir tão bem, mas vai aliviar um pouco que seja.
-Não diga nada, por favor... Eu sei que é idiota....
-É, isso é idiota. Acho incrível como tem a mente treinada para ludibriar pensamentos aos sangues-puros. Contornou a nós três. - e então ela saiu.
Era a véspera. E eu acordei com uma baita azia por conta das pastilhas, mas parecia estar no nível do dia 1 a minha sede. Algo fácil de controlar, mas sentia que minha garganta pedia sangue. O sangue da Helena.
Eu tinha medo de encara-la. Certamente, fraco como eu estava, ela acharia uma brecha e leria minha mente. Descobriria tudo e me faria beber o sangue dela. Minha surpresa foi ver um bilhete no café, que o mordomo entregara com uma letra delicada, mas desconhecida. Freya. Havia levado Helena para um passeio ou algo do tipo. Agradeci quase me jogando ao chão e gritando glórias.
Não que eu quisesse ficar longe de minha amada, mas Freya entendera de alguma forma minha falta de lógica na promessa.
O dia inteiro foi assim. Tomando as pastilhas que Freya me dera escondido dos empregados. E fui dormir, mas percebi Helena chegar tarde. Fingi estar dormindo, colocando cenas de falsos sonhos na cabeça. Ela me abraçou por trás, de forma tão doce e delicada, tão longe daquela Helena arrogante que ela mostrava para fora. Uma Helena só minha.
Ela não dizia nada, apenas ficou daquele jeito comigo, a respiração dela me dizia que ela também parecia se conter para me morder. Então adormeci.
Eu acordei sem ela do meu lado. o mordomo dizendo que Freya novamente a raptara, mas dessa vez para prepara-la. Na verdade os convidados seriam quase todos do lado dela e vampiros que certamente só iam por receio de Kairen. Da minha parte, só minha família adotiva e provavelmente algum representando dos caçadores.
Mas devo admitir que fiquei surpreso ao ver alguns colegas de escola do Chile ali. Meus tutores os trouxeram, eram pessoas que eu não via faziam tempos. Estar com eles me distraiu, como uma despedida de solteiro inocente.
Então chegou o momento, eu de terno, me sentindo idiota e pinguim na roupa. A igreja lotada, ansiosos por verem como seria o vestido de Helena. E eu, mais ainda.
Então as portas se abriram, e a luz criava a sombra de Kairen e Helena. Quando pude ver melhor, eu achei que iria vacilar e perder a força nas pernas, ela estava linda, divinamente linda. O vestido parecia classico, tradicional, mas ainda sim tão perfeito. Alvo, delicado. Ela quase não tinha maquiagem, nem precisaria. Só serviu para realçar ainda mais para os olhos que não a enxergassem linda nos dias normais.
Foi impossível conter um sorriso, mesmo quando Kairen a entregou e tentou se passar por mal e me amendrotar. Se achavam que eu ligava pro padre tagarelando, errado. Só a via, não tirava meus olhos dos dela. Só esperava o pároco dizer que era para repetir, as alianças e o beijo.
Iriamos para casa trocar as roupas, eu admitia que estava irritado com aquela roupa nova. Kairen que me perdoe, mas queria meu terno de pobre mesmo. E que me perdoasse de novo, eu não tinha intenção de ir a festa sem uma pequena demora.
Invadi o quarto, a pondo contra a parede de surpresa, suas costas tocando a parede fria. Meu cabelo caia no rosto, cobrindo meus olhos, mas eu podia vê-la bem.
-O que foi José...? - ela tocou meu rosto, não queria atacá-la de forma cruel, ainda tinha consciência para isso, mas não para sair do cômodo sem saber o sabor dela.
-Me perdoa... - murmurei, quase sem conseguir falar. Eu podia sentir o cheiro dela me inebriar, as veias ali tão fáceis. Retirei os botões de trás, quase grosseiramente, e fiz o vestido dela cair. Minha sangue-puro, minha!
Não sei explicar como eu sabia o que fazer, mas lambi o pescoço dela, de forma devagar. Minhas mãos, meu corpo todo tremia. Então ela enroscou seus dedos no meu cabelo. Ela... ela tinha percebido...? Minha vista ficou confusa, sentia meus olhos se encherem de lágrimas. Ela me acalmava e me incentivava a continuar.
-Eu estava esperando... isso... - ela murmurou.
A sede falou alto, gritou em mim. Finquei minhas presas naquele pescoço alvo, delicado, parecia um pecado eu morder alguém tão perfeito. O sabor me invadiu por completo, me deu ânimo, era perfeito, único.
Eu não podia combater a sensação de querer mais e mais. Esse era o amor dos vampiros, o desejo de querer mais e mais de quem ama?
Eu recuperava aos poucos a consciencia, e sentia outro lado animalesco e insano surgir, com o calor do corpo, os desejos profanos e sacros. Fechei o ferimento dela e busquei os lábios dela com fervor.
Eu a amei naqueles minutos, amei-a com meu corpo e com nossos sangues. Ela me mordera também, uma explosão de novas e velhas sensações. Minha alma parecia tão plena ao lado dela, sua presença saciava minha alma.
Certamente retornamos a festa com muito atrasado, os mais próximos já imaginavam. E quando a festa acabou, segundo round!
Era tudo tão perfeito...
Não demorou muito tempo depois daquilo para descobrir que Helena esperava uma criança.
-Se for menino ele se chamar...
-Jacob. - Helena falou, me calando. - Ele se chamará... Jacob.
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Re: Veneran el nuevo líder. Yo! - Aventura, Comédia, Pitadas de romance xD
ACT 7 - O vôo da Coruja, o arauto do desafio
Os meses foram passando sem quaisquer coisa relevante. A exceção eram apenas duas: Jacob Lugano agora era o líder (e José um dos membros dos anciões do clã) e que Fried andava fazendo questão de irritar o sobrinho querido mais que o normal.
Tanto que o garoto passou a buscar se isolar do rapaz, ele realmente não entendia o que o sangue-puro tinha em mente.
Gaé Bolg na forma de uma caneta pena realmente era muito útil. Estava avançando nas páginas de uma história que fazia. Só havia parado naquela semana para fazer mais uma ilustração para a capa do CD da banda do pai.
-Não vejo nada de anormal! - resmungou François, sentado num puff gigante vermelho no quarto de Jacob. Ambos faziam uma lição de casa, trabalho em dupla. - Aquele nojentinho do seu tio é um mala sem alça.
-Que ele gosta de tirar sarro eu sei. Mas não tanto assim. - Jay suspirou, empurrando a cadeira do computador e girando para encarar o loiro.
-Ginko mandou mensagem.
Jay pareceu se iluminar. A garota tinha ido ao Japão completar os testes para estar apta a suceder a liderança da família e começar a fabricar as armas como mandava atradição. Ele estava ansioso pela amiga.
-E ai, cara?
-Ela volta semana que vem. Compromissos como “hime” ou algo assim. Ela completou com sucesso os testes.
Jay sorriu e bagunçou o próprio cabelo, nervosamente. Não via a hora de poder encontrar a garota de novo.
-Nunca vejo você se empolgar com as outras que pega...
-É que Gin é amiga de infância, não é qualquer mina. - resmungou Jacob, visivelmente irritado com a provocação, mas ainda sim, muito meigo e doce.
Estava a caminho de uma das casas que os Dimedenko usavam quando vinham a Toulosse. Fried que vivia com Helena, José e Jacob por conta da faculdade, quando Kairen e Freya vinham, ele mudava-se para ficar um tempo com os pais.
Helena preciva que Jay levasse algo para o pai (e ela o olhou feio quando o menino indagou sobre o que era), e ele não estava muito contente em ir e dar de cara com Fried e suas indiretas cada vez mais afiadas.
Só que no meio do caminho... Jacob conseguiu se desviar de misteriosas lanças caindo do céu. As armas eram negras inteiras, com desenhos em curvas em baixo relevo. Ela continuavam a cair e Jacob não poderia sair usando Gaé Bolg, preça por um fio em seu pescoço, sem saber o que rastrear. Fora que a arma consumia muito de si.
Mas estava sem suas pistolas. Só lhe restava o anel. Logo viu vultos negros caindo do céus para atacar a ele. Ele jogou o embrulhado no chão, que logo foi alvejado.
“Mamãe vai me matar...” - choramingou em sua cabeça. Ele logo conjurou sua arma feita de espíritos. Atacou um dos 9 vultos, mas um vinha por trás, quando surgiu uma décima figura envolta em panos negros, uma capa.
Aquela figura caiu rápido demais. Empurrou Jay para um canto e atacou com um chute forte demais até para um vampiro. O estranho vulto de ataque de lanças negras voou longe. E antes que o garoto pensasse em atacar o restante, logo foram empalados por estruturas de gelo que brotaram do asfalto.
Então ele percebeu o ar frio, e as mãos do estranho vulto que aparecera estendidas em direção dos empalados. O odor da figura era de um vampiro, mas não conseguia sentir traços pessoais, era como se ele só soubesse que era um vampiro e ponto.
As figuras desapareceram no ar, ficando na ponta das formações alguns fudás.
-Shikigamis.... Shikigamis demoníacos... - resmungou a voz, que para a surpresa do garoto, era delicada e suave. Ele cogitou que pela força era um homem, mas ai reparou na altura. Era uma figura baixinha, envolta num capa negra ricamente trabalhada com detalhes dourados.
-Quem... é você...?
A figura abaixou o capuz, a longa cabeleira negra tão vistosa que faria o cé noturno ter inveja, mas o rosto.... era impossível vê-lo: coberto por uma máscara negra, metálica, com duas joias pequenas encravadas. Apesar disso, os contornos do rosto eram delicados e sugeriam a confirmação da identidade da figura: uma mulher.
-A Grande Coruja... É assim que deve me chamar, garoto.
A Coruja se afastou dele e voltou a colocar o capuz. Jacob reparou que até as lanças sumiram.
-Você falou em shikigamis... Por que atacaram?
-Não sei. - ela saiu andando, mas o vampiro foi atrás.
-Ei, espera!
A garota parou e voltou a encara-lo, ou assim Jacob julgava já que era impossível ver seu rosto.
-Eu procuro Freya Dimedenko. Conhece esse nome? - ela disse de repente.
-Sim, por que?
-Tenho informações para ela.
Jacob parou. Ela seria uma serva de sua “tia”? Não, pelo que conseguia rastrear do cheiro, ela era uma vampira nobre como ele.
-Ela me conhece, mas não sei onde ela fica nesta cidade. - ela virou todo o corpo para frente de Jacob. - Não sou inimiga. Sou uma guerreira, mas não inimiga.
O garoto não sabia, mas aquela garota parecia lhe inspirar alguma confiança. Ele passou do lado dela. Ele viu os cacos do que era um rico vaso e deu de ombros, não teria o que fazer quanto aquilo. Então fez sinal para que ela o acompanhasse.
Logo estavam lá e Freya abriu a porta. Ela ficou meio estática ao ver a garota do lado e então suavizou a expressão.
-Entre Jay, entre Coruja.
Jacob foi para cozinha, queria beber água com uma pastilhinha, mas ouviu toda a conversa.
-Faz muito tempo que não a vejo, Floresnce. - ele viu que a ruiva sorrira brevemente de forma carinhosa. - Aqui não precisa fingir ser quem não é, tire a máscara.
-Não seria muito bom. - ela suspirou longamente, mas retirou. Mostrando uma pele pálida, olheiras profundas e um ar meio abatido. Porém a garota era linda e parecia até mais nova que Jacob. - Trago recados.
-Diga.
-O santuário rastreou coisas estranhas, um relevante ao líder dos Pierdut Lumina, e sei que o clã Dimedenko tem ligação com os Pierdut.
Freya soltou um longo suspiro.
-Para seu patrono intervir... é algo sério...
Jacob não resistiu e entrou na sala. E sua voz ressoou:
-Eu sou o líder, Jacob Lugano.
Florensce pareceu surpresa e olhou Freya. Que ela se lembrava, o líder fora colega de escola, José Lugano e não um outro.
-José passou os poderes de líder ao filho. Vê? Ele tem os traços do pai, mas os olhos da minha afilhada, Helena.
A expressão sem vida retornou ao rosto da garota.
-Sim, dá para ver.
-Qual é o problema, Coruja? - indagou o garoto, numa rara expressão séria.
Florensce titubeou a responder, mas disse:
-Aparentemente, um inimigo que quer vingança ao clã.
Os meses foram passando sem quaisquer coisa relevante. A exceção eram apenas duas: Jacob Lugano agora era o líder (e José um dos membros dos anciões do clã) e que Fried andava fazendo questão de irritar o sobrinho querido mais que o normal.
Tanto que o garoto passou a buscar se isolar do rapaz, ele realmente não entendia o que o sangue-puro tinha em mente.
Gaé Bolg na forma de uma caneta pena realmente era muito útil. Estava avançando nas páginas de uma história que fazia. Só havia parado naquela semana para fazer mais uma ilustração para a capa do CD da banda do pai.
-Não vejo nada de anormal! - resmungou François, sentado num puff gigante vermelho no quarto de Jacob. Ambos faziam uma lição de casa, trabalho em dupla. - Aquele nojentinho do seu tio é um mala sem alça.
-Que ele gosta de tirar sarro eu sei. Mas não tanto assim. - Jay suspirou, empurrando a cadeira do computador e girando para encarar o loiro.
-Ginko mandou mensagem.
Jay pareceu se iluminar. A garota tinha ido ao Japão completar os testes para estar apta a suceder a liderança da família e começar a fabricar as armas como mandava atradição. Ele estava ansioso pela amiga.
-E ai, cara?
-Ela volta semana que vem. Compromissos como “hime” ou algo assim. Ela completou com sucesso os testes.
Jay sorriu e bagunçou o próprio cabelo, nervosamente. Não via a hora de poder encontrar a garota de novo.
-Nunca vejo você se empolgar com as outras que pega...
-É que Gin é amiga de infância, não é qualquer mina. - resmungou Jacob, visivelmente irritado com a provocação, mas ainda sim, muito meigo e doce.
Estava a caminho de uma das casas que os Dimedenko usavam quando vinham a Toulosse. Fried que vivia com Helena, José e Jacob por conta da faculdade, quando Kairen e Freya vinham, ele mudava-se para ficar um tempo com os pais.
Helena preciva que Jay levasse algo para o pai (e ela o olhou feio quando o menino indagou sobre o que era), e ele não estava muito contente em ir e dar de cara com Fried e suas indiretas cada vez mais afiadas.
Só que no meio do caminho... Jacob conseguiu se desviar de misteriosas lanças caindo do céu. As armas eram negras inteiras, com desenhos em curvas em baixo relevo. Ela continuavam a cair e Jacob não poderia sair usando Gaé Bolg, preça por um fio em seu pescoço, sem saber o que rastrear. Fora que a arma consumia muito de si.
Mas estava sem suas pistolas. Só lhe restava o anel. Logo viu vultos negros caindo do céus para atacar a ele. Ele jogou o embrulhado no chão, que logo foi alvejado.
“Mamãe vai me matar...” - choramingou em sua cabeça. Ele logo conjurou sua arma feita de espíritos. Atacou um dos 9 vultos, mas um vinha por trás, quando surgiu uma décima figura envolta em panos negros, uma capa.
Aquela figura caiu rápido demais. Empurrou Jay para um canto e atacou com um chute forte demais até para um vampiro. O estranho vulto de ataque de lanças negras voou longe. E antes que o garoto pensasse em atacar o restante, logo foram empalados por estruturas de gelo que brotaram do asfalto.
Então ele percebeu o ar frio, e as mãos do estranho vulto que aparecera estendidas em direção dos empalados. O odor da figura era de um vampiro, mas não conseguia sentir traços pessoais, era como se ele só soubesse que era um vampiro e ponto.
As figuras desapareceram no ar, ficando na ponta das formações alguns fudás.
-Shikigamis.... Shikigamis demoníacos... - resmungou a voz, que para a surpresa do garoto, era delicada e suave. Ele cogitou que pela força era um homem, mas ai reparou na altura. Era uma figura baixinha, envolta num capa negra ricamente trabalhada com detalhes dourados.
-Quem... é você...?
A figura abaixou o capuz, a longa cabeleira negra tão vistosa que faria o cé noturno ter inveja, mas o rosto.... era impossível vê-lo: coberto por uma máscara negra, metálica, com duas joias pequenas encravadas. Apesar disso, os contornos do rosto eram delicados e sugeriam a confirmação da identidade da figura: uma mulher.
-A Grande Coruja... É assim que deve me chamar, garoto.
A Coruja se afastou dele e voltou a colocar o capuz. Jacob reparou que até as lanças sumiram.
-Você falou em shikigamis... Por que atacaram?
-Não sei. - ela saiu andando, mas o vampiro foi atrás.
-Ei, espera!
A garota parou e voltou a encara-lo, ou assim Jacob julgava já que era impossível ver seu rosto.
-Eu procuro Freya Dimedenko. Conhece esse nome? - ela disse de repente.
-Sim, por que?
-Tenho informações para ela.
Jacob parou. Ela seria uma serva de sua “tia”? Não, pelo que conseguia rastrear do cheiro, ela era uma vampira nobre como ele.
-Ela me conhece, mas não sei onde ela fica nesta cidade. - ela virou todo o corpo para frente de Jacob. - Não sou inimiga. Sou uma guerreira, mas não inimiga.
O garoto não sabia, mas aquela garota parecia lhe inspirar alguma confiança. Ele passou do lado dela. Ele viu os cacos do que era um rico vaso e deu de ombros, não teria o que fazer quanto aquilo. Então fez sinal para que ela o acompanhasse.
Logo estavam lá e Freya abriu a porta. Ela ficou meio estática ao ver a garota do lado e então suavizou a expressão.
-Entre Jay, entre Coruja.
Jacob foi para cozinha, queria beber água com uma pastilhinha, mas ouviu toda a conversa.
-Faz muito tempo que não a vejo, Floresnce. - ele viu que a ruiva sorrira brevemente de forma carinhosa. - Aqui não precisa fingir ser quem não é, tire a máscara.
-Não seria muito bom. - ela suspirou longamente, mas retirou. Mostrando uma pele pálida, olheiras profundas e um ar meio abatido. Porém a garota era linda e parecia até mais nova que Jacob. - Trago recados.
-Diga.
-O santuário rastreou coisas estranhas, um relevante ao líder dos Pierdut Lumina, e sei que o clã Dimedenko tem ligação com os Pierdut.
Freya soltou um longo suspiro.
-Para seu patrono intervir... é algo sério...
Jacob não resistiu e entrou na sala. E sua voz ressoou:
-Eu sou o líder, Jacob Lugano.
Florensce pareceu surpresa e olhou Freya. Que ela se lembrava, o líder fora colega de escola, José Lugano e não um outro.
-José passou os poderes de líder ao filho. Vê? Ele tem os traços do pai, mas os olhos da minha afilhada, Helena.
A expressão sem vida retornou ao rosto da garota.
-Sim, dá para ver.
-Qual é o problema, Coruja? - indagou o garoto, numa rara expressão séria.
Florensce titubeou a responder, mas disse:
-Aparentemente, um inimigo que quer vingança ao clã.
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Re: Veneran el nuevo líder. Yo! - Aventura, Comédia, Pitadas de romance xD
Esse capítulo a Helena teria um surto ao ler hoho
ACT 8 - Fantasmas do passado
-Vingança?
Jacob não conseguia entender? Quem tanto ainda poderia querer o fim dos Pierdut, se o inimigo que seu pai derrotou estava morto, assim como seus asceclas? Florensce, a Coruja, parecia firme e irredutível. Sua pose nobre e serenamente fria não permitia pensar outra coisa.
-Magias demoníacas como as que lhe atacou estão rodopiando no ar e causando preocupação aos meus. Mas vendo bem, agora entendo por aqueles shikigamis o atacaram, devem ter rastreado o sangue Lugano em você.
A Coruja se levantou, colocando a máscara.
-Ei!
A vampira olhou para o rapaz esperando o que ele iria falar. Ele titubeou um bocado, e por fim perguntou:
-Por que usa essa máscara e usa outro nome que não é o seu?
Jacob ficou surpreso ao vê-la retirar a máscara e sorrir tristemente por um breve momento antes de colocá-la de novo. O rosto que estava voltado para o garoto, se voltou para Freya que acompanhava a cena e ela assentiu. A visitante abriu a porta e após alguns passos desapareceu.
-A missão dela é não ser ela em prol de todos até daqui uns 200 anos. No momento, ela está fingindo que ela morreu e é outra pessoa. Apenas a família Dimedenko, os Kuran e o alto escalão do patrono dela sabem da verdade. - Freya soltou um longo suspiro e por fim olhou para Jacob - Então, não é para espalhar.
-Vocês todos me julgam tão idiota...
-Por que você é idiota. Tanto que nem soube proteger o vaso de sua mãe.
Jacob sabia que Freya lera sua mente.
-Bem, já que houve um ataque, irei perdoar e pedir a Helena que te perdoe.
Não tinha remédio senão voltar para casa e contar com a sorte que sua mãe não lhe castigasse.
No dia seguinte, a sala de Jacob recebera uma nova aluna. Ela parecia exótica para o ambiente, sua pele morena jambo e uma longa cabeleira branco perolado. Os traços eram andinos, mas muito meigos e delicados.
-Lugano, se importa em ajudar a senhorita Valdez? Se não me engano você é fluente em espanhol, não? - disse o professor, dirigindo seu olhar para o vampiro. - A senhorita Valdez ainda tem dificuldades com o francês. Só não dê em cima dela.
Todos riram antes que o garoto pudesse responder algo e a jovem veio andando se sentando na carteira atrás.
-Me chamo Soledad Valdez e você se chama Lugano?
-Jacob... Jacob Lugano.
Soledad encarou o adolescente em que alguns segundos mais parecia estar desapontada. Mas antes que Jay conseguisse concluir que algo pudesse estar errado, a menina sorriu docemente.
-Por que tem esse sobrenome latino num país como esse?
-Meu pai é chileno e minha mãe é russa, mas vivem aqui desde que casaram. Acho que gostaram daqui. - Jacob então voltou-se para frente, pois o professor chamou a atenção dos dois.
Por isso o vampiro nobre não pode ver no rosto gélido que a exótica jovem se transformou. Um rosto que o encarava discretamente.
O percurso da escola para casa era curto até, e Jacob costumava ir até certo ponto com todos os seus amigos. Estava ansioso por rever Ginko, mas também preocupado. Seu pai agora era um dos anciões, mas ele não sabia bem como falar o que soube pela Coruja.
Da sua parte que seguia sozinho, logo estava seu pai parado no carro, recém-chegado de algum reunião envolvendo os planos da banda. Jacob entrou no carro e se esparramou no banco do veículo.
-Sua mãe contou do ataque que sofreu. Afinal, o que aconteceu? - José engatou a primeira marcha e começou a sair com o carro. - Eu também não gosto dos outros anciões, mas acaba que não é um problema de um, é de todos.
-Um ataque de shikigamis. Foi rápido demais e aquela garota Coruja os derrotou muito fácil.
-Coruja? Ah, aquela menina de máscara que raramente visita a Freya... Ela vir com notícias assim, costumam ser de mau agouro. - José suspirou. - E seu dia na escola?
-Ah, entrou uma garota latina como o senhor. Ela tem traços diferentes, parece uma india. O nome dela é Soledad.
Então algo que Jacob jamais vira: seu pai pisou com tudo no freio, e o carro morreu no meio da rua. José estava pálido, e balançava a cabeça em negativa, soltando uma risada curta.
-Não, é impossível... Que idéia...
-Papa?
-Nada... lembranças humanas... muito ruins... - ele ligou o carro de novo, terminando o trajeto em silêncio completo.
Mas não chegariam ao destino sem que tivessem de parar ao surgir de novo daqueles shikigamis.
Desta vez, Jacob estava com as duas pistolas. José estava sério, igual a quando foram na sede do Clã. Ele esticou uma das mãos para o filho, pedindo uma das Moonlights, e para ele abandonar sua postura pacifista, era por que julgava ser sério demais.
Os dois começaram a atirar e se desviar dos ataques, mas aqueles shikigamis eram muito rápidos.
José não tinha mais prática e como raramente usava os poderes vampíricos que ganhara ao ser transformado anos antes, ele não conseguia se concentrar e tentar libertar as almas aprisionadas no fudá.
Jacob estava até conseguindo se virar bem, mas logo três shikigamis conseguiram prendê-lo no chão, mas pôde enxergar uma garota ao longe com o mesmo uniforme de sua escola. Seu pai ainda estava de pé, mas parece ter visto a mesma garota e congelado.
-Não, o cabelo não era assim...
A garota vinha na direção dos dois e logo lanças dos shikigamis perfuravam os braços do ex-humano e o prendiam imóveis. A dor o fizera gritar e acordar do torpor, aidna que não acreditasse no que via.
Era Soledad Valdez, a colega de classe de Jacob, mas para José era sua antiga Soledad. A mesma que vira morrer quando ainda era um adolescente. A única diferença era os cabelos outrora negros agora esbranquiçados.
-Dois Josés... Mas um parece o mesmo de meu tempo e outro de um tempo corrido... Quem é o José real?
A voz era a mesma também. Os olhos frios se direcionaram a Jacob, olhando fundo nos olhos azuis.
-Meu José não tinha olhos azuis...
E se voltou ao verdadeiro, vendo os olhos castanhos e sorrindo de forma tão fria que José não podia aceitar que aquela era a Soledad.
-Você foi quem me matou.
Suas mãos frias tocaram a pele de José.
-Você envelheceu...
-Você... Você morreu em meus braços... Não é possível que esteja aqui! - estava imóvel e percebia cada ação da india, notando que ela tocava sua mão esquerda, e ficando com uma cara de ódio.
-Como pode seguir em frente, como pode ter se casado?! Me mata e apenas refaz a vida tão facilmente? - ela socou o rosto do ex-humano, cortando os lábios dele.
-Papa!
Soledad olhou para Jacob com desprezo.
-Você é filho de outra... Odeio você tanto quanto esse outro aqui! - ela moveu suas mãos e algo o empurrou para longe, batendo a cabeça num poste e caindo desacordado. Quando Jacob acordou, ele não viu mais sinal de nada, nem da menina, nem de seu pai ou os shikigamis. Apenas o carro de sua familia com algumas marcas e uma dor de cabeça enorme.
Onde estava José?
ACT 8 - Fantasmas do passado
-Vingança?
Jacob não conseguia entender? Quem tanto ainda poderia querer o fim dos Pierdut, se o inimigo que seu pai derrotou estava morto, assim como seus asceclas? Florensce, a Coruja, parecia firme e irredutível. Sua pose nobre e serenamente fria não permitia pensar outra coisa.
-Magias demoníacas como as que lhe atacou estão rodopiando no ar e causando preocupação aos meus. Mas vendo bem, agora entendo por aqueles shikigamis o atacaram, devem ter rastreado o sangue Lugano em você.
A Coruja se levantou, colocando a máscara.
-Ei!
A vampira olhou para o rapaz esperando o que ele iria falar. Ele titubeou um bocado, e por fim perguntou:
-Por que usa essa máscara e usa outro nome que não é o seu?
Jacob ficou surpreso ao vê-la retirar a máscara e sorrir tristemente por um breve momento antes de colocá-la de novo. O rosto que estava voltado para o garoto, se voltou para Freya que acompanhava a cena e ela assentiu. A visitante abriu a porta e após alguns passos desapareceu.
-A missão dela é não ser ela em prol de todos até daqui uns 200 anos. No momento, ela está fingindo que ela morreu e é outra pessoa. Apenas a família Dimedenko, os Kuran e o alto escalão do patrono dela sabem da verdade. - Freya soltou um longo suspiro e por fim olhou para Jacob - Então, não é para espalhar.
-Vocês todos me julgam tão idiota...
-Por que você é idiota. Tanto que nem soube proteger o vaso de sua mãe.
Jacob sabia que Freya lera sua mente.
-Bem, já que houve um ataque, irei perdoar e pedir a Helena que te perdoe.
Não tinha remédio senão voltar para casa e contar com a sorte que sua mãe não lhe castigasse.
No dia seguinte, a sala de Jacob recebera uma nova aluna. Ela parecia exótica para o ambiente, sua pele morena jambo e uma longa cabeleira branco perolado. Os traços eram andinos, mas muito meigos e delicados.
-Lugano, se importa em ajudar a senhorita Valdez? Se não me engano você é fluente em espanhol, não? - disse o professor, dirigindo seu olhar para o vampiro. - A senhorita Valdez ainda tem dificuldades com o francês. Só não dê em cima dela.
Todos riram antes que o garoto pudesse responder algo e a jovem veio andando se sentando na carteira atrás.
-Me chamo Soledad Valdez e você se chama Lugano?
-Jacob... Jacob Lugano.
Soledad encarou o adolescente em que alguns segundos mais parecia estar desapontada. Mas antes que Jay conseguisse concluir que algo pudesse estar errado, a menina sorriu docemente.
-Por que tem esse sobrenome latino num país como esse?
-Meu pai é chileno e minha mãe é russa, mas vivem aqui desde que casaram. Acho que gostaram daqui. - Jacob então voltou-se para frente, pois o professor chamou a atenção dos dois.
Por isso o vampiro nobre não pode ver no rosto gélido que a exótica jovem se transformou. Um rosto que o encarava discretamente.
O percurso da escola para casa era curto até, e Jacob costumava ir até certo ponto com todos os seus amigos. Estava ansioso por rever Ginko, mas também preocupado. Seu pai agora era um dos anciões, mas ele não sabia bem como falar o que soube pela Coruja.
Da sua parte que seguia sozinho, logo estava seu pai parado no carro, recém-chegado de algum reunião envolvendo os planos da banda. Jacob entrou no carro e se esparramou no banco do veículo.
-Sua mãe contou do ataque que sofreu. Afinal, o que aconteceu? - José engatou a primeira marcha e começou a sair com o carro. - Eu também não gosto dos outros anciões, mas acaba que não é um problema de um, é de todos.
-Um ataque de shikigamis. Foi rápido demais e aquela garota Coruja os derrotou muito fácil.
-Coruja? Ah, aquela menina de máscara que raramente visita a Freya... Ela vir com notícias assim, costumam ser de mau agouro. - José suspirou. - E seu dia na escola?
-Ah, entrou uma garota latina como o senhor. Ela tem traços diferentes, parece uma india. O nome dela é Soledad.
Então algo que Jacob jamais vira: seu pai pisou com tudo no freio, e o carro morreu no meio da rua. José estava pálido, e balançava a cabeça em negativa, soltando uma risada curta.
-Não, é impossível... Que idéia...
-Papa?
-Nada... lembranças humanas... muito ruins... - ele ligou o carro de novo, terminando o trajeto em silêncio completo.
Mas não chegariam ao destino sem que tivessem de parar ao surgir de novo daqueles shikigamis.
Desta vez, Jacob estava com as duas pistolas. José estava sério, igual a quando foram na sede do Clã. Ele esticou uma das mãos para o filho, pedindo uma das Moonlights, e para ele abandonar sua postura pacifista, era por que julgava ser sério demais.
Os dois começaram a atirar e se desviar dos ataques, mas aqueles shikigamis eram muito rápidos.
José não tinha mais prática e como raramente usava os poderes vampíricos que ganhara ao ser transformado anos antes, ele não conseguia se concentrar e tentar libertar as almas aprisionadas no fudá.
Jacob estava até conseguindo se virar bem, mas logo três shikigamis conseguiram prendê-lo no chão, mas pôde enxergar uma garota ao longe com o mesmo uniforme de sua escola. Seu pai ainda estava de pé, mas parece ter visto a mesma garota e congelado.
-Não, o cabelo não era assim...
A garota vinha na direção dos dois e logo lanças dos shikigamis perfuravam os braços do ex-humano e o prendiam imóveis. A dor o fizera gritar e acordar do torpor, aidna que não acreditasse no que via.
Era Soledad Valdez, a colega de classe de Jacob, mas para José era sua antiga Soledad. A mesma que vira morrer quando ainda era um adolescente. A única diferença era os cabelos outrora negros agora esbranquiçados.
-Dois Josés... Mas um parece o mesmo de meu tempo e outro de um tempo corrido... Quem é o José real?
A voz era a mesma também. Os olhos frios se direcionaram a Jacob, olhando fundo nos olhos azuis.
-Meu José não tinha olhos azuis...
E se voltou ao verdadeiro, vendo os olhos castanhos e sorrindo de forma tão fria que José não podia aceitar que aquela era a Soledad.
-Você foi quem me matou.
Suas mãos frias tocaram a pele de José.
-Você envelheceu...
-Você... Você morreu em meus braços... Não é possível que esteja aqui! - estava imóvel e percebia cada ação da india, notando que ela tocava sua mão esquerda, e ficando com uma cara de ódio.
-Como pode seguir em frente, como pode ter se casado?! Me mata e apenas refaz a vida tão facilmente? - ela socou o rosto do ex-humano, cortando os lábios dele.
-Papa!
Soledad olhou para Jacob com desprezo.
-Você é filho de outra... Odeio você tanto quanto esse outro aqui! - ela moveu suas mãos e algo o empurrou para longe, batendo a cabeça num poste e caindo desacordado. Quando Jacob acordou, ele não viu mais sinal de nada, nem da menina, nem de seu pai ou os shikigamis. Apenas o carro de sua familia com algumas marcas e uma dor de cabeça enorme.
Onde estava José?
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