Willian J. Dubbler - Hunter

Não se sabe muito do passado de Will, na verdade nem ele mesmo sabe e sua ultima memória data de seus 13 anos de idade, ou é isso que ele acreditava ter na época. Antes desse período, as memórias boas eram poucas, se é que aquilo poderia ser chamado de boas. Além do mais, antes de tudo, ele parecia nunca ter visto a luz do sol, a não ser um tênue brilho pálido advindo de uma pequena janela redonda. Lembrava-se de uma triste parede de mármore cinza. E das correntes. Enormes correntes de ferro que prendiam seu braço de forma dolorosa. Vida? Quase não lembrava de vê-la. Ela sempre vinha com homens uniformizados, injeções dolorosas ou remédios. Também haviam os dias em que o levavam para a sala fria e branca. Uma luz incomodava seus olhos por lá, o cegando. Palavras, experiências dolorosas e rituais estranhos se seguiam.

Nunca entendera o porquê ou o como havia ido parar ali? Por que não o matavam logo? Aquele era mesmo o seu começo? Havia crescido apenas para ser uma cobaia? Seu corpo estava magro como um graveto. Sua energia inexistia. O que era esperança? Ela era impossível nos corredores lotados de guardas. Pelo menos não até aquele dia. O dia em que, durante uma experiência, um incêndio se sucedeu. Sem saber como, uma força descomunal o dominou. E, aproveitando a distração de todos, o menino juntando sua força de vontade e energia, conseguiu partir pelo enorme corredor cinza a procura de uma saída. Com dificuldade e esbaforido pela exaustão, ele finalmente conseguiu escapar dali. Caindo e rolando sobre as montanhas de neve assim que desmaiou. A floresta caduca se erguia a sua volta.

Will acordou algum tempo depois. Seu corpo doía, tinha fome e se encontrava em um lugar desconhecido. Uma cama dura e pequena se estendia em uma sala totalmente branca. Haviam o capturado? Seus olhos abriram, focando o ambiente assustado. Um hospital. Constatou, cruzando o olhar com um casal que parecia lhe encarar com alivio. O casal se identificou como sendo paramédicos. Preocupados, perguntaram o telefone dos pais de Will, para que pudessem tranquilizá-los. Após o menino falar que não tina pais, o casal o adotou. Eles tinham duas filhas, mas sempre quiseram um menino, e apesar de serem penas uma família de classe media humana comum, aquela foi uma época muito feliz para Will. Ele havia encontrado um lar agradável e cálido, conseguindo de desenvolver como um adolescente comum, apesar de nunca ter se esquecido do passado. As vezes tinha horríveis pesadelos do cárcere, ficando noites em claro, mas nunca admitiu isso.

Depois de alguns anos estudando em um colégio Irlandês, seus pais foram transferidos para a França, e ele foi mandado para a academia Cross francesa onde pareceu fazer muitos amigos e até apaixonar-se por uma delas, no entantomao mesmo tempo via coisas estranhas acontecendo e suas crises de desmaio se tornavam mais comum, culminando durante o fim do ano. Preocupados com o filho e com a violência da França ao fim do ano seus pais o mandaram pra academia do Canadá onde as coisas poderiam ser mais calmas.

Doce engano. Essa se tornou ainda pior. Apesar do ótimo nível de ensino, uma maldição parecia encobrir os céus da cross com desastres. Por dois anos, o ano mal acabou. E, mais uma vez, após o final de tudo, um coma de queda de memória pareceu lhe atingir por mais de seis meses, dos quais não se lembrava de nada a não ser um despertar em uma ruina velha. Ao lado do antigo professor Lotern, um completo desconhecido e uma terceira pessoa. Algo como um irmão gêmeo.

Surpresa? Uma bem grande. Mas talvez maior ainda tenha sido a revelação sobre os vampiros. Criaturas antigas de lendas que eram reais. Descrença? Ela lhe acometeu a um ponto que foi necessário aos seus anfitriões mostrarem para acreditar. Segundo sua história, após um incidente, no qual Charles(“o gêmeo”) havia virado um puro sangue, sua existência começara aos poucos a se extinguir, sendo necessário um corpo falso. A sorte é que tinham um mago e os ingredientes suficientes ali para fazer um ritual. Um onde ele ganhava um corpo só dele, separado do de Charles, mas ainda assim idêntico(mesmo que humano), como o de um clone.

Despois disso, alguns meses se seguiram. Will fora mandado para um centro de treinamento arranjado por amigos de Arthur e treinado para ser Hunter. Na medida do possível, para poder se defender e aproveitando seu sangue provindo de uma antiga linhagem Hunter. Foram tempos difíceis e duros, mais Will se esforçava como nunca. Mais ultimamente, ele fora convocado a voltar para cross, e ainda com o treinamento incompleto, ele retornou. Aquele seria um bom lugar para treinar e ficar alerta. Dizia-lhe seu mestre.

Seu corpo é um clone criado magicamente do corpo de Charles. Ele é humano, mas sua origem advém de uma mistura Hunter e vampira. Sua expectativa de vida é semelhante a de um vampiro nobre, portanto ele envelhece muito mais devagar que humanos comuns.